As relações entre Adufc- Sindicato e professores tonaram-se conflituosas desde que o sindicato decidiu, em assembleia realizada dia 22 de agosto, pelo fim da greve dos docentes das universidades federais do Ceará. Na ocasião, a greve foi encerrada por 159 votos a favor, 5 contra e 11 abstenções. O resultado gerou grande insatisfação por parte dos professores, que acusaram a Adufc de aplicar golpe contra os grevistas. Segundo eles, o fim da greve não estava previsto como pauta da reunião e a votação não foi justa.

Após os acontecimentos, o presidente do sindicato, Marcelino Pequeno, e a secretária-geral, Marília Brandão, renunciaram seus cargos devido à tensa situação que os envolvia no momento, disse Marília em carta-renúncia divulgada A paralisação dos professores prosseguiu e foi feita pelos grevistas uma petição online contendo mais de 500 assinaturas. O objetivo da petição era convocar uma nova assembleia extraordinária para analisar a assembleia do dia 22 que decidiu pelo fim da greve. O documento, porém, não foi aceito pela direção do sindicato. Segundo eles, por a petição ser online, era impossível a comprovação de 10% dos apoiadores da petição serem filiados ao órgão, como pede o estatuto.

A rejeição da petição não barrou os professores. Eles reuniram novamente as assinaturas, desta vez presenciais, e entregaram uma nova petição no dia 29 de agosto à diretoria do sindicato. A Adufc reconheceu as assinaturas e lançou, então, nesta segunda feira, 03, o edital no qual está prevista a realização da nova assembleia que discutirá os rumos da greve dos professores. A data da assembleia está marcada para o dia 06 de setembro, próxima quinta-feira, no Restaurante Universitário do Campus do Pici.

Redação O POVO Online