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Luizianne diz que greve é política, com objetivo de favorecer Renato Roseno

Prefeita diz que nem que empresários oferecessem "ouro em pó" aos motoristas e trocadores a paralisação seria evitada, pois motivação do sindicato é eleitoral. Ela avisa ainda que não aceitará aumento do preço das passagens

10:16 | 20/06/2012

A prefeita Luizianne Lins (PT) afirmou que fez o alerta ao Sindiônibus de que a greve dos motoristas e trocadores de ônibus iria ocorrer, porque tem objetivos políticos, segundo ela. O movimento, prossegue a prefeita, está sendo usado pelo PSTU - que tem hegemonia no sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo - para favorecer a candidatura de Renato Roseno (Psol) a prefeito de Fortaleza. PSTU e Psol negociam aliança. A declaração foi publicada na coluna Política desta quarta-feira.

Luizianne procurou a coluna para rebater nota publicada na terça-feira, 19. O texto questionado pela prefeita comentava a entrevista coletiva concedida na véspera, na qual ela anunciava a suspensão da greve. A coluna comparou o episódio com outros momentos, nos quais a Prefeitura dizia que não poderia interferir na paralisação.

"O que fiz (na segunda-feira) foi alertar o pessoal do Sindiônibus, que ele (presidente Dimas Barreira) é muito novo, de que a greve iria acontecer, porque é política", disse Luizianne à coluna. Ela comentou que, por esse motivo, os empresários poderiam oferecer até "ouro em pó" aos trabalhadores que ainda assim não haveria acordo. Ela disse ainda que sua intervenção, na segunda-feira, conseguiu adiar por um dia a suspensão dos serviços.

Daqui para frente, a Prefeitura não irá mais se envolver nas negociações. “Agora vou sair do meio e quero ver se a greve está resolvida”, afirmou, em resposta à crítica feita na coluna de que ela estava lá para “colher os louros” da suspensão da greve.


Luizianne afirmou que não tem como interferir para convencer os motoristas a aceitar a proposta do sindicato das empresas de ônibus. A pressão sobre os empresários é igualmente delicada, porque eles logo reagem com cobrança de aumento dos preços das passagens, coisa que Luizianne não aceita. “O que avisei é que não vai ter aumento de passagem e eles que se resolvam com os trabalhadores”.

Érico Firmo

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