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Dirigir é necessidade e não passa tempo

14:54 | 21/05/2012
Assim que fiz 18 anos a primeira coisa que quis fazer foi tirar a carteira de motorista. Acho que para adolescentes, dirigir é status. A paixão pelo volante, porém, não durou muito. Logo que comecei a pegar os engarrafamentos e os tumultos no trânsito o amor foi morrendo e hoje, passo a direção do veículo sempre que meu pai ou marido entram no meu carro. Definitivamente, para mim, dirigir é uma necessidade e não um passa tempo!!!!

A relação de desgosto vem se agravando cada vez mais e isso se deve à situação caótica do trânsito em Fortaleza. Além dos constantes engarrafamentos em todas as direções, independente do horário, há ainda os maus feitos dos motoristas “sem-noção” que deixam qualquer mortal mais paciente do mundo, muito irritado!

O engarrafamento é um problema estrutural da cidade, isso é fato. Fortaleza cresceu e a infraestrutura das ruas não acompanhou o desenvolvimento da capital. Mas existem ações práticas que nós mesmos podemos realizar para aliviar o caos nas vias públicas. O que se vê, no entanto, é justamente o contrário. Os motoristas param em qualquer lugar em fila dupla e para isso basta acionarem o pisca-alerta e pronto, está tudo bem!

Para os “sem-noção”, o pisca alerta ligado justifica qualquer fila dupla e até mesmo tripla. E o engarrafamento só aumenta e a minha irritação também. Isso, sem falar nos motociclistas que teimam em fazer ultrapassagem pela direita. Resultado: quase sempre nos deparamos com motos no chão e... intermináveis engarrafamentos.

Acho que para dirigir, todo motorista deveria obedecer a uma cartilha de boas maneiras ao volante: ligar a seta (ela não é um enfeite), buzinar menos (só em caso de real necessidade), usar de cortesia com os outros motoristas, cedendo a vez, dando preferência, principalmente para pedestres, lembrando sempre que gentiliza gera gentileza.

Silvia Araújo é repórter do núcleo de Cotidiano do O POVO

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Silvia Araújo

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