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Ceará vai diagnosticar calazar em cães em 15 minutos, segundo Sesa

13:05 | 15/05/2012

Até o fim deste ano, um novo teste que apresenta o resultado do calazar canino em 15 minutos deverá estar implantado em todos os municípios cearenses, segundo informa a Secretaria Estadual de Saúde do Estado (Sesa).

A capacitação dos agentes municipais de endemias será feita por técnicos das 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres) que participam do Curso de Atualização em Vigilância e Controle de Leishmanioses, realizado pela Sesa até a sexta-feira, 18. O curso tem 45 participantes, incluindo técnicos das unidades do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) de Fortaleza, Senador Pompeu, Tauá, Icó, Crato e Juazeiro do Norte e de dez centros municipais de controle de zoonoses.

De acordo com a Sesa, a secretaria já dispõe de 200 kits para dar início aos testes rápidos de calazar em cães em junho. O novo teste possibilita o diagnóstico imediato, enquanto que o teste de laboratório demora mais de um mês para dar o resultado. O exame de laboratório passará a ser realizado somente para confirmar os resultados positivos do teste rápido, que dispensa estrutura laboratorial e equipamentos, facilitando o uso no campo. Os testes serão realizados em cães pelos agentes de endemias, durante as visitas domiciliares. No Ceará, a população de cães é de cerca de 1,7 milhão de animais.

A doença

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários transmitidos ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmanioses tegumentares, que atacam a pele e as mucosas, e viscerais (ou calazar), que atacam os órgãos internos. A leshmaniose visceral é transmitida pela picada do inseto comumente conhecido como mosquito palha. Se picar um cachorro contaminado e depois uma pessoa, essa pessoa pode ficar doente.

A leishmaniose visceral humana é uma doença infecciosa, mas não contagiosa. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e idosos são mais suscetíveis à enfermidade, que pode levar a óbito até 90% dos casos não tratados. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que indica repouso, boa alimentação e o uso de medicamento por um período de 15 a 30 dias, dependendo da gravidade. Em 2011, o Ceará registrou 660 casos de leishmaniose visceral e 43 óbitos pela doença. De leishmaniose tegumentar foram registrados 816 casos e 4 óbitos. Há, ainda, cinco óbitos por leishmaniose não especificada.

Redação O POVO Online

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