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Quatro testemunhas em processo que investiga grupo de extermínio faltam a depoimento

18:59 | 19/04/2012
Somente duas das seis testemunhas de acusação no processo que investiga a morte de Carlos dos Santos Marques, assassinado por suposto grupo de extermínio, em 2005, compareceram para prestar depoimento nesta quarta-feira, 18, na 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.

Segundo informação divulgada nesta quinta-feira, 19, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), o Ministério Público do Ceará (MP/CE) poderá requisitar diligências para localizá-las, caso não queira abrir mão das oitivas.

As testemunhas devem passar informações sobre o crime que ocorreu no dia 16 de maio de 2005. Segundo o Ministério Público, por volta das 18h, Carlos dos Santos estava no carro, na avenida Paranjana, bairro Serrinha, em Fortaleza, quando foi abordado por dois homens em uma moto. Os homens, que estavam usando capacetes, atiraram contra a vítima, que morreu no local.

Segundo a denúncia, Carlos dos Santos foi uma das vítimas da organização criminosa responsável por uma série de homicídios de pessoas ligadas à madeireira São Francisco.

Dívidas
Segundo informações do processo, Carlos dos Santos fornecia matéria-prima para a madeireira São Francisco, de propriedade de Reinaldo Marinho. Em 2000, a empresa passou a sofrer problemas financeiros e, por isso, acumulou dívidas com o fornecedor.

Em 2003, Reinaldo Marinho firmou parceria comercial com Firmino Teles de Menezes, com o objetivo de tentar recuperar a empresa. Porém, de acordo com o MP/CE, o Firmino Teles passou a desviar recursos da madeireira, o que gerou a revolta do sócio, de funcionários e fornecedores.

Ele teria, então, contratado grupo de extermínio, chefiado pelo cabo da Polícia Militar, Pedro Cláudio Duarte Pena, para matar seus desafetos. Por meio da interceptação de ligações telefônicas, uma força-tarefa montada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará conseguiu identificar os demais integrantes da organização criminosa.

De acordo com a investigação policial, Rogério do Carmo Abreu e Sílvio Pereira do Vale Silva eram executores dos crimes, Paulo César Lima de Sousa fornecia informações sobre o andamento das investigações e Claudenor Ribeiro Alexandre, já falecido, fornecia as armas.

Todos os acusados negaram participação nos crimes. Além de Carlos dos Santos, foram assassinados Antônio Tomé Filho, Gilberto Soares Duarte e Miguel Luís Neto, todos vinculados à madeireira.

Redação O POVO Online

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