Centrais sindicais repudiam anúncio de fim do Ministério do Trabalho
A fiscalização do trabalho em condição análoga à escravidão, liderada pelo MT, foi lembrada, assim como a definição de medidas para prevenir acidentes de trabalho. "A importância e a relevância política do MT são inquestionáveis", reforçaram.
Para os sindicalistas, a possibilidade de transferência do registro sindical para o Ministério da Justiça "tem o claro propósito de criminalizar a ação sindical". "O Brasil precisa de um Ministério do Trabalho técnico, forte, parceiro e protagonista na luta contra a recessão e pela retomada do crescimento econômico do País, com respeito aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas da classe trabalhadora, geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social", disse a nota.
A declaração recente do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que "é horrível ser patrão no Brasil" foi criticada. "Reflete sua falta de consideração e demonstra total desconhecimento da situação causada pela reforma trabalhista, que resultou em perda de direitos e não gerou empregos no País", argumentaram as centrais sindicais. "É lamentável que, em uma nação com 13 milhões de desempregados, o presidente eleito faça tal declaração para agradar apenas aos empresários, que financiaram e apoiaram sua eleição."
Assinaram a nota a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).
Agência Estado