Tereza Cristina: setor de carnes está preocupado com posição sobre países árabes
A futura ministra disse que precisa entender a posição que o novo governo vai tomar e assim reagir. Ela afirmou que está acompanhando o caso do cancelamento da visita oficial da delegação do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, pelo governo do Egito, em represália a uma fala de Bolsonaro de que pretende transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém.
Na entrevista, Tereza Cristina disse que ainda pretende saber de Bolsonaro a estrutura que a pasta terá no novo governo e se incluirá as áreas da pesca e agricultura familiar, hoje vinculadas a outros ministérios.
Sobre o início de sua gestão, afirmou que pretende "assentar a poeira e conversar"."Eu não dormi, passei a noite pensando naquilo que vou fazer. Vamos ver o que o presidente quer e saber a cara que o governo terá."
A deputada disse que conversou na quarta-feira com o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para avaliar "gargalos do setor" e como acionar mais "o motor da agricultura". "É preciso diminuir a indústria de multas, ter normas claras, um ambiente de negócios mais favorável", defendeu.
Itamaraty
A futura ministra também afirmou querer uma boa relação com o Itamaraty e disse que precisa saber também "a cara" do Ministério do Meio Ambiente. Ela falou que a escolha do novo ministro do Meio Ambiente é exclusiva do presidente, não admitindo que o nome passará pelo crivo dela ou do setor do agronegócio.
Questões ambientais
Perguntada sobre questões ambientais, ela disse que "ter licenças mais ágeis não é perder a segurança ambiental".
MST
Inicialmente, Tereza Cristina evitou comentar declarações de campanha de Jair Bolsonaro de que enviaria projetos ao Congresso para tornar o Movimento dos Trabalhadores sem-terra (MST) em uma organização terrorista.
Diante da insistência de jornalistas, no entanto, ela afirmou: "Eu tenho um pouco de dúvidas. Já temos lei para isso (sobre terrorismo). Essa é uma questão do novo ministro (Justiça) Sérgio Moro)".
Agência Estado