S&P: retomar grau de investimento do Brasil depende de reformas e crescimento
Segundo a executiva a revisão da atual nota de crédito soberano atribuída ao País, BB-, "vai depender muito da classe política". Em sua palestra, Lisa destacou as incertezas que envolvem as eleições deste ano. Portanto, pesam contra o Brasil a economia, a vulnerabilidade fiscal e a dificuldade do atual governo de acelerar as reformas, além do cenário político de curto prazo.
Em contrapartida, a diretora da S&P destacou como positivo o funcionamento de instituições fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a "imprensa livre". Ela ainda elogiou a relação entre endividamento e reservas e a política de câmbio flutuante.
A projeção para os países da América Latina, incluindo o Brasil, é de manutenção das atuais classificações nos próximos meses.
"O desafio para o Brasil é que o governo não pode aumentar impostos. A solução está no controle rígido dos gastos, estar em conformidade com o teto dos gastos", disse Lisa, acrescentando que, além disso, o País tem crescido menos que vizinhos latino-americanos. "A avaliação da estrutura econômica é de fraqueza", afirmou.
Agência Estado