Fiesp recolhe o pato e infla sapo gigante em ação contra juros na Paulista
Além do bicho, a Fiesp também mudou de causa e, consequentemente, de slogan. O ditado "Não Vou Pagar o Pato", para combater o aumento de impostos, sai de cena para dar espaço ao "Chega de Engolir o Sapo", que elege como vilão nacional a taxa de juros cobrada de empresas e de consumidores.
"O Sapo inicia hoje sua carreira", afirma Skaf. Segundo ele, a luta da Fiesp agora será contra os bancos. "Os juros brasileiros são absurdos. O spread bancário (a diferença entre o que o valor que o banco capta no mercado e repassa para o consumidor) é um dos maiores do mundo no Brasil", diz ele.
Segundo Skaf, uma pesquisa recentemente conduzida pela Fiesp aponta a distância entre o que paga uma aplicação financeira básica, a caderneta de poupança, e o que é cobrado pelo cheque especial. Segundo ele, a pessoa que tivesse depositado dez anos atrás R$ 100 na caderneta teria hoje R$ 198,03, enquanto uma dívida de R$ 100 também contraída dez anos atrás representaria hoje R$ 4.394.136,97.
Como parte da divulgação da nova campanha, a Fiesp distribui miniaturas de sapos na porta dos bancos da Avenida Paulista e soltou balões infláveis na seda da instituição.
Pato
O presidente da Fiesp não admite, entretanto, que tenha aposentando o pato ou a campanha contra carga tributária. Segundo ele, o bicho pode voltar, caso a pauta dos impostos retome espaço na agenda do governo. "A gente considera que o pato cumpriu bem o papel e evitou aumentos de impostos. Ele não está aposentado, mas recolhido neste momento", diz.
Agência Estado