Decisão sobre fonte para recursos ao Rio sairá nos próximos dias, diz Meirelles
Ele disse que o governo trabalha com três alternativas de fontes para estes recursos. São elas: realocação de recursos de outros ministérios, reoneração da folha de pagamentos e emissão de dívidas.
Das três alternativas, o ministro mostra-se mais afeito à reoneração da folha de pagamentos. O problema é que a reoneração depende da revogação da Medida Provisória do governo Dilma Rousseff, que estabeleceu a desoneração. O relator da proposta é o deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro do Esporte de Dilma, e que tem sinalizado que pretende manter a folha de alguns setores com desoneração.
Hoje, mais de 50 setores da economia usufruem da desoneração da folha de pagamento, o que o ministro Meirelles considera uma distorção. O governo pretende limitar o benefício a cerca de quatro. "O governo tem três alternativas: tirar recursos de outras áreas, coletar mais impostos, e aí a única que estamos falando é a correção dessa distorção que é a reoneração da folha, e o endividamento do governo", disse.
Quanto a uma possível emissão de dívida, o ministro demonstra ser contra e diz que a medida esbarra no teto dos gastos. "Felizmente, no Brasil, temos um limitador importante que é o teto de gastos que impede o aumento descontrolado e insustentável dos gastos públicos", afirmou.
Meirelles falou na manhã desta quarta-feira na capital paulista para quase 6 mil gerentes do Banco do Brasil no Allianz Parque, a arena do Palmeiras. Ele relatou que sua palestra foi de estímulo aos gerentes. Disse que mostrou a eles a importância do papel do banco para a economia brasileira e do bom relacionamento dos profissionais com os clientes.
Agência Estado