IPC deve fechar fevereiro em alta de 0,10% com energia e alimentos, prevê Fipe
"Mas também esperamos queda em itens como viagem, cereais, carne bovina e batata", estima o representante da Fipe. Porém, caso a estimativa seja alcançada, ficará maior que o recuo de 0,08% de fevereiro de 2017.
Nos cálculos do pesquisador, esses produtos devem permitir uma descompressão de 0,28 ponto porcentual no IPC deste mês, devendo mais que compensar o impacto das principais altas. "Tem efeito de IPTU, que é cobrado nesta época do ano, contrato de assistência médica, gasolina e leites. Esses estão na lista dos aumentos que podem ter influência de 0,13 ponto porcentual. Mas o alívio das quedas deve ser bem maior", afirma.
Segundo Yabiku, o efeito da descompressão esperada em energia deve ajudar a limitar o impacto de elevação de IPTU no IPCA, para o qual espera 6,5% após 16% em 2017. A estimativa é que o grupo Habitação, do qual energia e IPTU fazem parte, feche fevereiro com recuo de 0,19% depois de ceder 0,17% em janeiro.
Já o conjunto de preços de Alimentos devem desacelerar o ritmo de alta para 0,24% no término de fevereiro, na comparação com aumento de 1,15%. "Os alimentos in natura devem desacelerar, como acontece normalmente no período", explica.
Em janeiro, os alimentos in natura atingiram 5,84% em relação à alta de 0,27% em dezembro. Na sequência, aparecem os industrializados, com expansão de 0,70% (de 0,23%). Já a categoria de alimentos semielaborados teve queda de 0,51% em janeiro ante expansão de 0,48% no último mês de 2017.
Para os demais grupos, a Fipe espera elevação de 0,62% em Transportes em fevereiro após 1,63% no primeiro mês de 2018; aguarda declínio de 0,22% para Despesas Pessoais (de -0,79%); estima queda de 0,12% para Vestuário (de -0,18%); prevê altas de 0,61% para Saúde (de 0,31%) e de 0,22% para Educação (de 3,02%).
Agência Estado