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Meirelles: ideal seria colocar a reforma à votação na semana que vem

14:20 | 12/12/2017
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, 12, que, se a reforma da Previdência não for votada na semana que vem, o governo vai trabalhar para que a votação ocorra no início de 2018.

"Se não acontecer agora, vamos todos trabalhar para que votação se dê no início da próxima legislatura em 2018", disse Meirelles em discurso proferido no almoço da Febraban.

Ele lembrou que as discussões da matéria na Câmara começam na quinta-feira e disse que o ideal seria colocar a proposta de emenda constitucional à votação na semana que vem. Ponderou, porém, que o Congresso é soberano em estabelecer a velocidade de tramitação da matéria.

O ministro ressaltou que, uma vez aprovada a reforma, o potencial de crescimento da economia brasileira deve alcançar 3,5%. Sem ela, a tendência é que o País cresça acima de 2% ao ano nos próximos anos.

Investimentos

Meirelles disse que, devido à forte queda nos últimos três anos, os investimentos são o componente do Produto Interno Bruto (PIB) com maior potencial de crescimento.

Segundo ele, os investimentos voltaram a crescer de forma "mais substancial" e devem continuar avançando nos próximos trimestres. "Isso é importante porque um ciclo de crescimento puxado somente pelo consumo tem vida curta", comentou o titular da Fazenda.

Meirelles lembrou que, enquanto o consumo recuou 8%, os investimentos cederam 30% durante a crise e, justamente por o tombo ter sido mais acentuado, o espaço para recuperação é maior.

Embora tenha lembrado da ociosidade de algumas atividades da indústria - citando o setor automotivo, que chegou a operar com 54% das linhas ociosas -, o ministro da Fazenda ressaltou que os investimentos em máquinas e equipamentos subiram 4% e 8%, no segundo e terceiro trimestre, respectivamente, ante igual período de 2016.

Meirelles aproveitou o discurso para criticar o que chamou de alocações equivocadas de investimentos dos governos anteriores, citando a aplicação de recursos na indústria naval. Esse erro, segundo ele, impediu alta do PIB.

Agência Estado

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