Deságio médio fica em 40,46% para os 11 lotes ofertados no leilão de transmissão
Na prática, os 11 empreendimentos concedidos exigirão uma receita R$ 621 milhões menor, por ano, do que o inicialmente estimado, reduzindo a pressão de alta das tarifas de energia.
Os deságios mais elevados foram observados no lote 5, conquistado pela Cesbe Participações, que ofertou um desconto de 53,9% para construir e operar uma subestação no Rio Grande do Norte, e no lote 2 (com instalações localizadas entre o Ceará e o Piauí), que foi vencido pela Celeo Redes Brasil (empresa de origem espanhola anteriormente chamada Elecnor), que propôs receber 53,2% menos que a RAP Máxima definida pela Aneel para o projeto. O menor deságio foi de 34,7%, ofertado pela Construtora Quebec para construir um empreendimento em Minas Gerais.
O leilão foi marcado por forte competição em todos os lotes, com apenas dois dos 11 não tendo ido para disputa viva-voz. Entre os vencedores estão empresas menos conhecidas, como construtoras que normalmente prestam serviço para grandes grupos do setor elétrico, como a Cesbe, mas também players tradicionais do setor, como Neoenergia, que conquistou dois lotes, e a Engie, que, ao vencer o lote 1, fez sua estreia no segmento de transmissão, comprometendo-se com um investimento de mais de R$ 2 bilhões. No total, os 11 lotes exigirão investimentos de R$ 8,747 bilhões.
Agência Estado