SPIC, Engie e Enel assinam contratos de concessão de usinas
A chinesa SPIC arrematou a maior das usinas ofertadas, São Simão, de 1.710 MW de potência instalada, com um lance de R$ 7,18 bilhões em bonificação, 6,51% acima do mínimo estabelecido. Já a Engie ficou com as usinas de Jaguara e Miranda, que somam 832 MW de potência, ao oferecer um montante total de R$ 3,53 bilhões, ágios de 13,59% e 22,43%, respectivamente. Já a italiana Enel, que disputou três usinas, ficou com a menor delas, Volta Grande, de 380 MW, ao apresentar proposta de R$ 1,4 bilhão, 9,84% acima do preço mínimo.
O presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, comentou que a usina "se encaixa perfeitamente na estratégia de crescimento" da companhia no Brasil e oferece oportunidades "substanciais" de criação de valor, tendo em vista que 30% de sua produção pode ser negociada no mercado livre, segmento no qual a empresa pretende crescer. "Volta Grande vai se beneficiar também de possíveis sinergias com os demais ativos da Enel no Brasil", disse o executivo, salientando que a capacidade hídrica do grupo no País está crescendo 42%, dos atuais 890 MW para 1.270 MW.
Já o presidente da Engie, Eduardo Sattamini, disse "ter certeza" que a companhia será bem recebida pelas comunidades vizinhas das usinas. Na tentativa de manter as usinas sob seu controle, a Cemig buscou apoio da população mineira e apoiou manifestações públicas na frente das usinas e da sede da empresa, em Belo Horizonte. "Somos uma empresa com forte DNA hidrelétrico, presente no Brasil há 20 anos e reconhecida por suas políticas e práticas de sustentabilidade", afirmou o executivo, para corroborar com sua avaliação.
Agência Estado