PUBLICIDADE
Notícias

Queda no varejo em agosto reflete mais uma acomodação, diz IBGE

11:50 | 11/10/2017
A queda de 0,5% nas vendas do varejo na passagem de julho para agosto é mais um ajuste do que uma reversão da tendência de recuperação, segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O volume vendido vinha de quatro meses consecutivos de altas. De abril a julho, o varejo tinha acumulado um crescimento de 2,1%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio. Segundo a pesquisadora, a situação das vendas em 2017 é de estabilidade, e o resultado negativo observado em agosto acaba sendo relativizado por ganhos do passado.

"A queda de agosto está muito mais ligada a uma acomodação, depois de um crescimento significativo", avaliou Isabella. "Ainda mantém o saldo positivo, observado pela média móvel", completou.

Predomínio negativo

O recuo no volume vendido pelo comércio varejista em agosto ante julho teve predomínio de resultados negativos, atingindo sete das oito atividades pesquisadas. Apenas a atividade de móveis e eletrodomésticos escapou do vermelho, com avanço de 1,7%, o quarto crescimento consecutivo.

"Somente o setor de eletrodomésticos manteve crescimento em agosto. Mas é importante observar que as atividades do varejo com quedas vinham de crescimento em meses anteriores", ressaltou Isabella Nunes.

As perdas ficaram nos segmentos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (-3,1%); combustíveis e lubrificantes (-2,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).

No comércio varejista ampliado, foram as atividades de veículos e material de construção que garantiram o crescimento de 0,1% em agosto ante julho, o terceiro resultado positivo consecutivo.

As vendas de veículos e motos, partes e peças tiveram um avanço de 2,8%, enquanto material de construção registrou aumento de 1,8%.

TAGS