Kuroda, do BC do Japão, sinaliza que relaxamento monetário será mantido
"A essa altura, não acho que seja necessário fazer mudanças na política de controle da curva de juros", disse Kuroda em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ, durante a madrugada, de manter a meta para o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) em torno de zero e a taxa de depósitos de curto prazo em -0,1%.
Kuroda também comentou que o BoJ irá seguir com planos de comprar este ano cerca de 6 trilhões de ienes em fundos de ações conhecidos como ETFs, embora o ritmo das compras possa variar de acordo com as condições de mercado.
À medida que a Bolsa de Tóquio subiu por 16 pregões seguidos durante parte de outubro, estabelecendo uma marca inédita, as compras de ETFs pelo BoJ diminuíram significativamente.
O BoJ comprou apenas 94,9 bilhões de ienes em ETFs em outubro, desconsiderando-se esta terça-feira, após adquirir 467,4 bilhões de ienes em setembro. Para atingir a meta anual de 6 trilhões de ienes em ETFs, o BC japonês precisará comprar mais cerca de 500 bilhões de ienes por mês até o fim do ano.
Kuroda enfatizou que não há necessidade de alterar a atual política de relaxamento monetário e que começar a discutir a eventual retirada de estímulos agora só teria efeitos negativos nos mercados.
Kuroda disse ainda que a inflação no Japão continua fraca, mas deverá avançar para a meta de 2% perseguida pelo BoJ. Segundo ele, a política atual será mantida para que a meta seja atingida o quanto antes.
Em relatório divulgado hoje, o BoJ prevê que a inflação chegará à taxa pretendida de 2% no ano fiscal que se encerra em março de 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.
Agência Estado