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Após alerta da S&P, Ilan volta a defender reforma da Previdência

11:20 | 16/10/2017
Quatro dias depois da ameaça de rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor's, caso a reforma da Previdência seja adiada, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a bater na tecla da importância da medida.

Em evento em São Paulo, nesta segunda-feira, 16, ele destacou que, no âmbito das medidas fiscais, a reforma é ainda um dos pontos da agenda econômica onde se pode discutir se o governo já havia feito de tudo.

Ilan foi convidado da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (Italcam) para café da manhã em São Paulo. Ele destacou que o principal risco no cenário atualmente é a mudança do ambiente internacional, que, hoje, se mostra benigno à economia brasileira e de emergentes.

O tema da reforma surgiu após ser questionado por um dos empresários italianos sobre a situação fiscal do Brasil. Ilan afirmou que é importante aprovar a reforma da Previdência. Ele também disse que, na política fiscal, há uma parte conjuntural, que, na medida em que a economia mostrar retomada, vai se recuperar também.

Nesse sentido, o presidente do BC ressaltou a importância da aprovação da PEC do Teto. "Mesmo que as receitas se recuperem, vamos olhar para as despesas", disse, frisando que é preciso observar porque as despesas obrigatórias seguem crescendo.

O presidente do BC voltou a mencionar, durante as perguntas dos convidados, que o spread bancário já começou a cair, ainda que lentamente, e disse que essa trajetória deve continuar se o cenário de estabilidade econômica for mantido.

Ilan também afirmou que está em curso uma série de reformas dentro da Agenda BC+ que ajudarão o recuo adicional do spread bancário.

FMI

No mesmo evento, o presidente do BC disse que a impressão que teve durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington na última semana, foi a de que há uma percepção geral positiva em relação ao crescimento global.

Ele citou que o FMI aumentou a previsão de crescimento global para 3,7% no ano que vem. "A economia global está se recuperando. O mundo voltou a crescer", afirmou o presidente do BC.

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