Definição de calendário da reforma da Previdência fica para semana que vem
A eventual denúncia a ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, que precisa ser apreciada pelos deputados, deve interromper a tramitação da reforma. "Eu acho que é difícil votar a reforma antes da denúncia. Então votaremos a denúncia e em seguida daremos sequência à reforma", disse o relator na segunda-feira.
Arthur Maia tentou marcar uma reunião na terça com o presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para definir um calendário de votação da proposta na Câmara, mas não conseguiu. Por isso, a definição deve ocorrer somente a partir da semana que vem, já com o presidente Michel Temer (PMDB) de volta ao Brasil.
Na segunda-feira, o relator havia anunciado em São Paulo uma reunião com Maia e com o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB),ainda esta semana, para discutir o avanço da proposta na Câmara. O texto já foi aprovado em comissão especial e ainda deve passar pelo plenário com o apoio de pelo menos 308 deputados para que possa seguir ao Senado.
No entanto, o encontro não foi possível pela viagem de Imbassahy ao exterior acompanhando o presidente Temer e pela agenda de Maia no Planalto.
Nesta quarta-feira, 21, Arthur Maia viaja a Bahia, seu reduto eleitoral, e deve retornar a Brasília apenas na próxima terça-feira, 27. Os parlamentares costumam viajar para seus Estados nesse período em virtude dos festivos juninos.