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Cade ignora delação da JBS em primeira sessão após denúncias virem a público

14:12 | 07/06/2017
A delação da JBS foi ignorada na primeira sessão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) desde que as denúncias dos executivos da empresa vieram a público, em maio. O conselho foi citado nas delações e foi alvo de busca e apreensão no dia seguinte da divulgação das denúncias.

A sessão desta quarta-feira, 7, foi presidida pelo presidente interino, Gilvandro Araújo, que, assim como os outros conselheiros, também não fez referências ao assunto.

Executivos da JBS delataram ter pago propina ao agora ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a mando do presidente Michel Temer, para obter decisão favorável do Cade em um caso envolvendo a termelétrica EPE Cuiabá, do grupo J&F, que entrou com ação no Cade questionando o preço estipulado pela Petrobras pelo fornecimento de gás. Segundo a delação, o deputado telefonou então para Araújo, pedindo que resolvesse a questão.

O Cade nega que tenha havido qualquer intervenção no conselho e ressalta que ainda não houve decisão no caso.

Cartel

O Cade condenou por formação de cartel em licitações no Paraná as empresas Gaisller Moreira Engenharia e Feg Engenharia. As construtoras terão que pagar multa de cerca de R$ 3 milhões e R$ 60 mil respectivamente.

Também foram condenadas a Associação Paranaense de Empresários de Obras Públicas (APEOP), que pagará multa de R$ 210 mil e pessoas físicas ligadas às empresas.

Em seu voto, o conselheiro Paulo Burnier apresentou evidências como a ligação entre empresários que mostram que houve trocas de informações sobre preços e estratégias e tentativa de fraudar processos licitatórios. No mesmo caso, foi arquivado o processo contra outras empresas investigadas, entre elas a Construtora Triunfo e a Delta Construções por falta de provas.

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