Relator defende reforma da Previdência no plenário após Senado votar trabalhista
Para o parlamentar baiano, o governo só deve colocar a reforma previdenciária em votação no plenário da Câmara, quando tiver certeza de que tem mais de 330 votos favoráveis. Como se trata de uma mudança constitucional, a proposta tem de ser votada em dois turnos no plenário e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos a favor.
O relator previu que, se a reforma da Previdência for aprovada no primeiro turno na Câmara, "certamente" todas as outras votações restantes na Casa e no Senado restantes serão "superadas". "Nenhum receio do Senado. Algumas pessoas têm preocupações pessoais no Senado, mas proposta será aprovada", disse.
Como antecipou o Broadcast na semana passada, líderes governistas acertaram com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só pautar a reforma da Previdência no plenário da Casa, após o Senado aprovar a reforma trabalhista. Com isso, a votação das mudanças previdenciárias na Câmara pode ficar para junho.
A avaliação é de que a votação da reforma trabalhista pelo Senado será uma sinalização importante para os deputados de que os senadores também arcarão com o ônus de votar as reformas. Hoje, há uma reclamação recorrente na Câmara de que só os deputados se desgastam para votar medidas impopulares, que acabam paralisadas no Senado.