IBGE: crise política desencadeada em maio pode afetar economia e emprego
Em abril, a população desocupada teve ligeiro recuo em relação ao patamar de março: 14,048 milhões ante 14,176 milhões. A população ocupada cresceu de 88,947 milhões para 89,238 milhões. A taxa de desemprego saiu de 13,7% para 13,6%. No entanto, dois terços das informações levadas em consideração são repetidas, o que impede que os dados sejam comparáveis, alerta Azeredo.
"O mercado está demitindo menos. A procura por trabalho continua crescendo, mas cresce em intensidade menor. O mercado reage de alguma forma a efeitos externos, tanto macroeconômicos quanto políticos. Só que a pesquisa reflete abril. Você tem um mês de maio com crise política, com efeitos que podem afetar o cenário econômico e podem afetar o mercado de trabalho", disse Azeredo.
Segundo ele, os dados ainda mostram redução da ocupação, aumento do desemprego e o menor patamar da série de postos de trabalho com carteira assinada.
"Em três anos, o Brasil perdeu 3,5 milhões de empregos, sendo 96% deles com carteira assinada", lembrou o coordenador do IBGE.
O pesquisador explica que a desaceleração no ritmo de aumento da população desempregada pode estar associada ao desalento, pessoas que deixam de procurar emprego por acreditarem que não conseguirão uma vaga.