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Bancos querem barrar regra mais dura sobre empréstimos inadimplentes nos EUA

09:42 | 09/05/2017
Bancos norte-americanos tentam pressionar o governo de Donald Trump a rever uma nova regra que exige que as instituições contabilizem empréstimos inadimplentes de forma mais rápida, criando um potencial confronto entre o Departamento de Tesouro e a SEC, Comissão de Valores Imobiliários dos EUA.

Diretores de finanças de 18 bancos regionais pediram ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que conduza uma análise sobre os efeitos de longo prazo da regra, cujo prazo para implantação é de até o início de 2019.

Em uma carta de abril, os CFOs afirmaram que a nova regra "pode trazer prejuízos econômicos" ao reduzir o empréstimos dos bancos e torná-los mais caros.

A Associação Americana de Banqueiros também criticou a nova regra e outras regulamentações em uma carta separada enviada a Mnuchin no mês passado. O grupo não pediu especificamente nenhuma ação da parte do secretário do Tesouro, mas disse que, se não for alterada, pode trazer "um peso particularmente grande" sobre o crédito dos bancos pequenos.

Os esforços dos bancos geraram reação imediata por parte de Wesley Bricker, diretor de contabilidade da SEC. Ele disse ter visto "com preocupação" a atitude dos bancos, mas garantiu que não haverá atrasos na implementação da regra.

Ele também alertou que os esforços dos bancos podem minar a independência do Conselho de Regras de Contabilidade Financeira, um painel do setor provado que formula esse tipo de regra.

Não é a primeira vez que um padrão de contabilidade vira alvo de contenda entre os formuladores de políticas e as empresas. Na década de 1990, companhias de tecnologia e seus aliados no Congresso derrotaram uma mudança nas regras de contabilidade sobre os dividendos. Foi preciso anos e o escândalo da Enron para que tal regra pudesse ser colocada em prática. Fonte: Dow Jones Newswires.

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