Extremo sul e zona leste de SP são as áreas mais afetadas pela piora do emprego
O estudo, divulgado dias antes de a cidade comemorar seu aniversário de 463 anos, no dia 25, separa a capital paulista em oito regiões: centro, zona oeste, zona sul 1, zona sul 2 (também conhecido como extremo sul), zona norte 1, zona norte 2, zona leste 1 e zona leste 2. Os números apresentados comparam o comportamento do mercado de trabalho na cidade e em cada uma das regiões entre os anos de 2014, 2015 e 2016.
Entre 2015 e 2016, período em que se estima que o PIB teve queda em torno de 3,5%, a taxa de desemprego de São Paulo saltou de 12,8% para 16%, um aumento de 25%, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), calculada pelo Dieese. Enquanto isso, o extremo sul da capital (composto por bairros como Parelheiros e Grajaú) viu o seu nível de desocupação subir de 12,6% para 17,5%.
As zonas leste 1 e 2, embora tenham enfrentados altas menores na taxa de desemprego, foram as que tiveram, em números absolutos, as maiores reduções no nível de pessoas trabalhando. Em 2016, na zona leste 1 (que conta com bairros como Mooca e Tatuapé), havia 724 mil pessoas com alguma ocupação profissional, queda de 5,8% em comparação com o número de 2015. Na zona leste 2 (bairros como Itaquera e Guaianases), a retração foi semelhante, de 5,5%, para 1,05 milhão. Em toda a cidade, a redução foi de 3,7%, para 5,36 milhões.
O estudo destaca ainda que, considerando o número de ocupados, as zonas sul 2 e leste 2 se mantêm com a maior concentração de pessoas que nelas residem e são ocupadas, acima de 1 milhão cada uma, seguidas pelas zonas leste 1, sul 1 e norte 2, com níveis superiores a 600 mil ocupados. As zonas oeste e norte 1 são menores, com 507 mil e 427 mil ocupados, respectivamente, enquanto no centro vivem apenas 250 mil ocupados.