Opep: alta da demanda por petróleo na América Latina será liderada pelo Brasil
"Em 2017, as expectativas de crescimento para a demanda de petróleo na América Latina são similares às do mês passado, com uma perspectiva de melhora econômica em relação a 2016", analisou a Opep. "O consumo deve ser orientado pela melhora das condições econômicas na região, com a estimativa de que o Brasil deve liderar a expansão da demanda", acrescentou.
A demanda por petróleo no Brasil voltou a recuar em outubro ante o mesmo mês do ano anterior em 220 mil bpd, o que significa um recuo de 8,7% nessa comparação, para 2,32 milhões de bpd. Esse declínio, de acordo com a Opep, reflete a retração da atividade econômica do País. Todos os subprodutos do petróleo tiveram uma performance bem abaixo da esperada pela Organização em outubro, com exceção do consumo de gasolina que continuou a crescer no mês, subindo 4,2%, para 30 mil bpd, ante o mesmo mês de 2015.
O relatório lembra que a gasolina se mantém como a melhor escolha em termos econômicos para os motoristas do País do que o etanol.
A demanda por combustível da cana, na outra ponta, caiu 110 mil barris por dia (31,5%) na mesma comparação. Já a queda do diesel, que também foi reduzida em 110 mil bpd durante outubro, um recuo de 10,6% na comparação anual, foi atribuída pela Opep à redução da atividade econômica do Brasil.
"Assim como na previsão do mês passado, a demanda por petróleo no Brasil de 2016 deve ser reduzida, uma vez que a atividade econômica mais lenta no País deverá impactar negativamente a necessidade do produto", avaliou a instituição no relatório mensal.