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Lagarde tem apoio amplo e deve ficar no FMI, diz ex-representante dos EUA

15:54 | 19/12/2016
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, tem apoio e deve continuar à frente da instituição, afirmou Doug Rediker, ex-representante dos Estados Unidos no conselho executivo do Fundo. O governo da França também afirmou estar confiante na capacidade dela de realizar suas funções, mesmo após Lagarde receber uma condenação em seu próprio país. Um porta-voz disse que o conselho executivo do FMI se reunirá em breve para considerar a decisão.

Mais cedo, Lagarde foi considerada culpada por negligência durante o período em que era ministra das Finanças da França. O episódio envolve uma disputa entre o Estado francês e o empresário Bernard Tapie. Mais cedo neste ano, Lagarde foi confirmada para um segundo mandato como diretora-gerente do Fundo - o conselho do FMI já sabia sobre o caso antes de nomeá-la em 2011. A decisão do tribunal de não impor uma sentença favorece Lagarde, já que no país ela poderia ter pegado um ano de prisão e multa de até 15 mil euros.

Rediker disse que o FMI deve apoiar Lagarde, diante do desempenho dela no primeiro mandato e de seu amplo apoio entre os membros do órgão. Segundo ele, o trabalho de Lagarde é muito bem avaliado e o julgamento na França foi "pelo menos em algum grau político, não exclusivamente legal". "E, diante da fragilidade e da incerteza globais, ninguém quer colocar em dúvida a liderança de mais uma importante instituição", afirmou.

Lagarde diz ser inocente e não compareceu ao tribunal, sendo representada por advogados. Um dos advogados, Patrick Maisonneuve, disse que a equipe jurídica da diretora-gerente do FMI avaliará o veredicto e decidirá se apelará. O advogado ressaltou que ela não recebeu punição.

Quando ministra, Lagarde deu sinal verde para uma arbitragem que acabou por determinar o pagamento de 405 milhões de euros (US$ 423 milhões) do Estado francês ao empresário. O tribunal considerou que Lagarde não era culpada por negligência por mandar o caso para arbitragem, mas sim por não tentar anular a decisão desfavorável. Os advogados disseram-se surpresos, argumentando que ela buscou sim várias opiniões legais para tentar anular essa decisão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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