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CPFL Renováveis tem cerca de 400 MW de projetos para leilão de reserva

12:30 | 14/12/2016
A CPFL Energia Renováveis cadastrou cerca de 400 MW em projetos eólicos e solares para disputarem os contratos do próximo Leilão de Energia de Reserva, marcado para segunda-feira, 19. Mas o diretor de novos negócios da companhia, Alessandro Gregori Filho, comentou que a solução de conexão para os projetos deve limitar a competitividade desses projetos.

Os gargalos no sistema de transmissão levaram o governo a modificar a sistemática do leilão, de maneira a evitar a contratação de projetos que podem não ter como escoar a energia gerada. Os lances são classificados não só em razão do melhor preço, mas também da margem de escoamento da transmissão. Com isso, na prática se retirou da disputa projetos nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte, enquanto a participação daqueles localizados no Ceará deve ser limitada, em razão da margem reduzida de escoamento no estado.

Para garantir a presença no leilão, os empreendedores buscaram alternativas menos óbvias de conexão ao sistema de transmissão, em localidades em que possa ter margem de escoamento, mas Gregori lembrou que essas opções tendem a encarecer o projeto, prejudicando a competitividade, tendo em vista que preveem conexões mais distantes. "Tecnicamente pode ser viável, mas economicamente não é viável", disse.

"Temos projetos que são ótimos de fator de capacidade e estão com problemas de conexão, e que talvez consigamos viabilizar daqui a um ou dois anos, mas para agora talvez não seja atrativo", disse a superintendente de Relações com Investidores da CPFL Renováveis, Flávia Carvalho. Ela defende que o governo estabeleça uma medida estrutural para destravar os projetos e lembra que há dois anos o governo prometeu fazer leilões de transmissão antes dos leilões de geração, uma vez que já estão mapeadas as áreas de maior potencial de geração eólica e solar.

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