CPFL Renováveis tem cerca de 400 MW de projetos para leilão de reserva
Os gargalos no sistema de transmissão levaram o governo a modificar a sistemática do leilão, de maneira a evitar a contratação de projetos que podem não ter como escoar a energia gerada. Os lances são classificados não só em razão do melhor preço, mas também da margem de escoamento da transmissão. Com isso, na prática se retirou da disputa projetos nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte, enquanto a participação daqueles localizados no Ceará deve ser limitada, em razão da margem reduzida de escoamento no estado.
Para garantir a presença no leilão, os empreendedores buscaram alternativas menos óbvias de conexão ao sistema de transmissão, em localidades em que possa ter margem de escoamento, mas Gregori lembrou que essas opções tendem a encarecer o projeto, prejudicando a competitividade, tendo em vista que preveem conexões mais distantes. "Tecnicamente pode ser viável, mas economicamente não é viável", disse.
"Temos projetos que são ótimos de fator de capacidade e estão com problemas de conexão, e que talvez consigamos viabilizar daqui a um ou dois anos, mas para agora talvez não seja atrativo", disse a superintendente de Relações com Investidores da CPFL Renováveis, Flávia Carvalho. Ela defende que o governo estabeleça uma medida estrutural para destravar os projetos e lembra que há dois anos o governo prometeu fazer leilões de transmissão antes dos leilões de geração, uma vez que já estão mapeadas as áreas de maior potencial de geração eólica e solar.