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Para economistas, crescimento chinês diminui preocupações, mas riscos aumentam

09:30 | 19/10/2016
Os esforços do governo chinês para deter a desaceleração da economia, com incentivos à expansão de crédito e gastos fiscais, parece ter funcionado. Agora, a China terá que lidar com um mercado imobiliário quente, capacidade industrial inchada e um grande montante de dívidas corporativas. Com a divulgação do aumento da produção industrial em 6,1% em setembro, na comparação com o mesmo período em 2015, e com a expansão anual de 6,7% do PIB chinês no terceiro trimestre, economistas comentaram os números do país.

Para Julian Evans-Pritchard, do Capital Economics, "a recente recuperação é, em última análise, um dado que tem sido impulsionado pelos incentivos ao crédito e pelo boom do mercado imobiliário" e alerta que, "à medida que o impulso de estímulos de política econômica começa a se desgastar, em algum momento, no início de 2017, a economia deverá abrandar novamente".

De acordo com Liu Xuezhi, do Bank of Communications, "agora que o governo está lançando medidas de controle de propriedade, a economia tende enfrentar uma desaceleração, com a queda no investimento imobiliário prevista para 2017".

Raymond Yeung, do Banking Group da Austrália e da Nova Zelândia, acredita que o governo chinês irá atingir a meta de crescimento, entre 6,5% e 7,0% em 2016. Já Bill Adams, do PNC Financial Services Group, afirma que o rápido crescimento do país foi financiado por um déficit fiscal altamente expansionista. O economista também diz que, com a intensificação do estímulo fiscal, o incentivo ao crédito está caindo. (Victor Rezende, com informações da Dow Jones Newswires - victor.rezende@estadao.com)

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