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Déficit primário soma R$ 188,327 bilhões em 12 meses até setembro, diz BC

11:54 | 31/10/2016
As contas do setor público consolidado acumulam déficit primário de R$ 188,327 bilhões em 12 meses até setembro, o equivalente a 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse porcentual é o maior da série histórica do Banco Central iniciada em dezembro de 2001, sendo que em agosto ele havia sido de 2,77%.

Na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em setembro, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, evitou dizer se a instituição avalia a dinâmica fiscal como contracionista, neutra ou expansionista.

Viana disse ainda que o BC leva em conta, em suas projeções, as previsões do governo para a área fiscal contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de R$ 170,5 bilhões para o governo central em 2016 e déficit de R$ 139,0 bilhões para 2017. Ao mesmo tempo, segundo o diretor, o BC considera o andamento dos ajustes na área fiscal para formular sua política monetária.

Em comunicações mais recentes, o BC condicionou o aumento da magnitude dos cortes da Selic (a taxa básica de juros da economia) ao andamento dos ajustes fiscais e a uma inflação de serviços menor.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em setembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 189,407 bilhões do Governo Central (3,09% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 3,332 bilhão (0,05% do PIB) em 12 meses até setembro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 4,124 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 792 milhões. As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 2,253 bilhões no período.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 40,458 bilhões com juros em setembro, após esta despesa ter atingido R$ 40,676 bilhões em agosto. Conforme informou nesta segunda-feira o Banco Central, o Governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 33,232 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto com esta conta de R$ 6,745 bilhões e as empresas estatais, de R$ 481 milhões.

No ano, o gasto com juros subiu de R$ 254,575 bilhões até agosto para R$ 295,033 bilhões até setembro (6,43% do PIB). Em 12 meses, as despesas com juros caíram de R$ 418,035 bilhões para R$ 388,500 bilhões até setembro (6,35% do PIB).

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