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Ministro das Finanças da UE discutem se retém auxílio financeiro para a Grécia

08:24 | 09/09/2016
Os ministros das Finanças da União Europeia discutiram nesta sexta-feira se devem ou não segurar a ajuda para a Grécia novamente, em meio a sinais de que o país não cumpre as promessas de reformar sua economia. Atenas luta pra manter o ritmo das medidas econômicas exigidas pelos credores, em troca de mais empréstimos, e desejam começar as conversas até o fim do ano sobre um alívio nas condições para o pagamento da dívida.

O país deve cumprir 15 condições para receber 2,8 bilhões de euros (US$ 3,15 bilhões) - a mais recente parcela do pacote de ajuda. A Grécia não deve, porém, conseguir isso até o prazo de 15 de setembro. Os ministros avaliam a possibilidade de dar mais prazo, ainda que o dinheiro precise chegar até outubro no máximo.

Embora a Grécia tenha feito alguns progressos para reformular sua economia, os empréstimos têm se juntado a um grande montante de dívida e para muitos especialistas não há perspectiva real de pagamento. A dívida nacional deve atingir um pico neste ano e chegar a 182,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas da Comissão Europeia.

O ministro das Finanças eslovaco, Peter Kazimir, cujo país detém a presidência rotativa da UE, já elogiou os esforços da Grécia, mas notou que ainda há muito trabalho pela frente. Segundo Kazimir, os casos de Espanha e Portugal, que possuem déficits superiores aos limites da UE, também serão discutidos, mas ele indicou que os ministros não estão particularmente preocupados sobre os esforços dessas nações para melhorar seus fundamentos econômicos.

A Espanha pode perder o prazo para enviar seu orçamento até 15 de outubro, já que os partidos políticos do país não conseguiram ainda formar um novo governo e a administração interina não consegue elaborar um plano orçamentário realista. Mas autoridades da UE sugeriram que estão preparadas para atrasos.

As políticas tributárias da UE também estavam na agenda da reunião em Bratislava, em meio a pedidos pelo fim de isenções para empresas. As reuniões ocorrem uma semana depois que a Comissão Europeia decidiu que a Apple não pagou os impostos que deveria na UE por mais de uma década, o que deve gerar uma multa de até 19 bilhões de euros (US$ 21 bilhões), com juros, segundo analistas. A Apple e a Irlanda, onde a companhia tem sua sede na Europa, apelaram da decisão.

Principal autoridade econômica da Comissão Europeia, Pierre Moscovici defendeu a medida, ao dizer que os europeus "esperam que as corporações multinacionais paguem seus impostos como as pessoas comuns fazem".

Com a economia da UE enfrentando crescimento fraco, o Banco Central Europeu (BCE) pediu que os 19 países da zona do euro façam mais para melhorar seus fundamentos econômicos. Fonte: Associated Press.

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