Dia das Mães deve impulsionar setor de alimentação fora do lar com alta média de 11,4%, estima Abrasel

Dia das Mães deve impulsionar setor de alimentação fora do lar com alta média de 11,4%, estima Abrasel

Segmento aposta na data para aliviar prejuízos e fechar o mês no azul; endividamento e dificuldade de repasse ainda preocupam

Mesmo em meio a um cenário de instabilidade financeira e forte endividamento, bares e restaurantes do Ceará enxergam no Dia das Mães uma oportunidade de virar, ainda que parcialmente, a maré.

Levantamento da Abrasel realizado entre os dias 22 e 29 de abril mostra que 76% dos empresários do setor projetam crescimento no faturamento em comparação com a mesma data no ano passado. 

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Para a maioria, as previsões são positivas: 27% esperam um aumento de receita entre 6% e 10%, e 19% apostam em até 5%. Outros 17% acreditam num crescimento entre 11% e 20%, e 12% miram um avanço ainda mais expressivo, entre 21% e 30%.

Apenas 1% vislumbra alta acima dos 30%. Do lado oposto, 19% acham que o faturamento se manterá estável, e 5% têm previsão de queda.

A principal esperança do setor é que o movimento gerado pela data mais simbólica do primeiro semestre ajude a aliviar o impacto acumulado nos últimos meses.

“Essas datas são estratégicas para dar fôlego às empresas. O setor ainda enfrenta enormes desafios para retomar a lucratividade”, explica Taiene Righetto, presidente da Abrasel no Ceará.

Segundo ele, já está no radar o lançamento da “Semana dos Namorados”, iniciativa que pretende estender o impulso positivo também para o mês de junho.

Finanças apertadas

O entusiasmo, no entanto, convive com um quadro financeiro apertado. Em março, 33% das empresas operaram no prejuízo, enquanto apenas 35% registraram lucro. Outros 32% apontaram estabilidade — número que, diante do contexto inflacionário, muitas vezes também representa perda de margem.

Boa parte do problema está no peso das dívidas. Quase metade dos negócios (48%) têm contas em atraso. Os principais vilões são os impostos federais, com 89% das empresas endividadas nesse ponto, seguidos pelos tributos estaduais (60%) e os empréstimos bancários (51%).

O repasse de custos, um mecanismo essencial para manter a saúde financeira em tempos de inflação, também emperrou. Nos últimos 12 meses, 47% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar seus preços ou o fizeram abaixo da inflação. Apenas 6% conseguiram aplicar aumentos acima do índice.

Na prática, muitos empresários se veem em um aperto entre o aumento dos custos operacionais e o receio de perder clientela ao reajustar o cardápio. A saída, para boa parte deles, está em datas comemorativas como o Dia das Mães, quando o público tende a consumir mais, permitindo um respiro nas contas.

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