Gestão da Praia do Futuro será repassada à Fortaleza após acordo, diz MPF

O imbróglio entre empresários locais e a União leva em consideração o tamanho máximo dos empreendimentos

A gestão da faixa de areia da Praia do Futuro, de cerca de 6 quilômetros (km), só poderá ser repassada da União para a Prefeitura de Fortaleza após um acordo entre empresários locais e o ente federal, conforme explicou Alessander Sales, procurador do Ministério Público Federal (MPF), ao O POVO.

O imbróglio leva em consideração o tamanho máximo dos empreendimentos. Do lado da União, o máximo da área seria de 800 metros (m), caindo para 400 m e 200 m em outros casos, enquanto as empresas exigem 1.500 m, 1.000 m e 500 m, respectivamente. Destes, apenas 40% poderiam ser construídos. 

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"Não estamos tratando de novos empreendimentos, apenas da alocação dos empreendimentos já existentes. Não há motivo para considerar novos. O foco é na regularização do que já está lá", destaca.

Portanto, o procurador do MPF reforça que a posição do órgão é de que "a gestão deve ser repassada ao município, porém, apenas depois de feitos todos os acordos em relação aos equipamentos existentes na área."

Agora, há uma espera para o retorno dos empresários sobre a proposta da União, contudo, Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), já adiantou ao O POVO que será negada. 

A expectativa é que haja uma nova reunião para definir a posição que será levada à União, possivelmente em Brasília.

Setor hoteleiro  

Além disso, na visão de Ivana Bezerra, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), apenas a mudança não deve atrair novos investimentos para o setor hoteleiro.

Isso porque incentivos fiscais já foram dados para a Prefeitura e, nem por isso, houve um movimento maior de hotéis para a área.

"O Gran Mareiro está sendo construído lá, mas não só pelo benefício. Eles tiveram, logicamente, uma ajuda maravilhosa, mas já tinham esse plano de ter um hotel lá. O terreno já tinha sido comprado antes do benefício. Então, o problema da Praia do Futuro é mais a infraestrutura, a segurança, a distância, a maresia. Os hotéis ficam receosos de ir para lá", ressalta. 

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