'Taxação das blusinhas' poderia ser um pouco maior, diz presidente da Fiec

Durante a PEC Nordeste 2024, Ricardo Cavalcante também se posicionou em relação à Medida Provisória nº 1.227/2024, que limita a compensação de créditos do PIS/Cofins

A nova taxa de compras internacionais de até US$ 50, conhecida como a "taxação das blusinhas" poderia ter passado dos 20%, na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante. A declaração foi dada ao O POVO nesta quinta-feira, dia 6, no evento da PEC Nordeste 2024.

"Eu acho que o Congresso acertou, poderia ter sido um pouco mais, em 30% para ficar com 20% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ficar uns 50%, mas conseguimos", comemorou.

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Em relação à Medida Provisória nº 1.227/2024, que limita a compensação de créditos presumidos da contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Ricardo Cavalcante classificou a ação como "absurda" e espera que o governo reveja a ação.

"Vai deixar de ter investimento, as pessoas vão tirar o capital de giro para tocar as empresas para pagar imposto porque eles estão pagando o imposto antecipado e não tem direito à crédito, uma coisa totalmente absurda. Eu acho que foi de uma infelicidade muito grande, mas espero que a negociação com o congresso a gente consiga mudar isso".

Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre deste ano, Cavalcante pontua o crescimento na área da construção civil e no segmento de calçados.

Em contrapartida, o presidente da federação analisa que o crescimento registrado pode ser afetado por escolhas do governo, como a MP. "Essa insegurança tributária faz com com que a gente, os empresários, recuem", afirma.

Ricardo Cavalcante ainda comentou o cenário positivo da produção com o agronegócio com a indústria cearense na PEC Nordeste 2024. Segundo ele, a parceria da Fiec com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) demonstra o crescimento no Estado.

"Essa sinergia tem que existir, nós precisamos cada vez mais estimular e andar de braços dados, tanto a Faec como a Fiec", finaliza.

Com informações de Adriano Queiroz

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