Bolsa de Hong Kong corteja empresas globais após expandir ligações com a China -
A Bolsa de Hong Kong está "cortejando" empresas multinacionais, para que sejam listadas em seu mercado de ações, apesar das crescentes tensões entre China e o ocidente. O objetivo é incentivar algumas das maiores empresas do mundo a levantarem fundos em seu centro financeiro, utilizando como argumento uma nova iniciativa da China continental que permite a seus investidores negociar ações internacionais.
"Hong Kong se tornará o único mercado no mundo onde as empresas têm a capacidade de capturar a demanda de dois grupos gigantescos de investidores não correlacionados", afirmou Nicolas Aguzin, presidente-executivo da Hong Kong Exchanges and Clearing, em entrevista. "Você pode ter o melhor dos dois mundos", acrescentou.
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Em dezembro, reguladores de mercado anunciaram que empresas estrangeiras com listagens primárias em Hong Kong poderiam, pela primeira vez, ser elegíveis para inclusão na ligação comercial Stock Connect de oito anos com a China continental. O plano daria a essas empresas acesso direto à base ativa de investidores individuais da China, caso suas ações atendam aos critérios de capitalização de mercado e outros requisitos.
Contudo, alguns especialistas alertam para o risco de volatilidade nas políticas da China continental, como foi observado no final de 2022, com a inesperada e rápida abertura de fronteiras e eliminação da política de "covid zero".
"No momento, o continente pode estar mais interessado em fazer algo para tornar sua reputação mais positiva para os negócios globais, mas se os reguladores mudarão de posição no futuro é outro fator que essas empresas devem ter em mente", aponta o professor Zhiwu Chen , presidente de finanças da escola de negócios da Universidade de Hong Kong.
(Com Dow Jones Newswires)