BCE estabelece prazos até 2024 para bancos lidarem com riscos climáticos

O Banco Central Europeu (BCE) publicou nesta quarta-feira, 2, os resultados de sua revisão temática, que mostra que os bancos ainda estão longe de gerenciar adequadamente os riscos climáticos e ambientais. Mesmo que 85% dos bancos já tenham implementado pelo menos práticas básicas na maioria das áreas, ainda carecem de metodologias mais sofisticadas e informações granulares sobre riscos climáticos e ambientais, concluiu o documento.

O BCE estabeleceu prazos escalonados, até o final de 2024, para que os bancos cumpram progressivamente todas as expectativas de supervisão estabelecidas no seu Guia Sobre Riscos Climáticos e Ambientais em 2020. Os prazos serão acompanhados de perto e, se necessário, medidas de fiscalização serão tomadas, afirma o órgão.

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Existe também uma preocupação relacionada à capacidade de execução da maioria dos bancos, onde a implementação efetiva das suas práticas ainda está atrasada. Como resultado, eles continuam a subestimar significativamente a amplitude e magnitude de tais riscos, e quase todos os bancos (96%) têm pontos cegos para identificá-los, segundo a revisão.

Para o BCE, as boas práticas em todo o setor bancário mostram que é possível um progresso rápido no gerenciamento dos riscos climáticos e ambientais.

A análise temática das estratégias dos bancos e dos quadros de governança e gestão de risco abrange 107 bancos sob a supervisão direta do BCE e 79 bancos supervisionados pelas respectivas autoridades nacionais.

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