Indústria do Ceará recua 1,5% em abril e apresenta 2º pior resultado do Brasil
No acumulado entre janeiro e abril deste ano, Ceará apresenta recuo de 9% na produção industrial realizada no EstadoO ano de 2022 tem sido desafiador para produção da indústria cearense. Dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) referente a abril apontam retração da produção industrial de 1,5% no mês e de 9% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.
Desempenho do Ceará está acima apenas do Pará, que registra queda de 10,2% no acumulado do ano, apesar do crescimento de 1,5% na passagem março para abril.
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AssineOs dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam o desempenho da indústria do Ceará como o segundo pior do Brasil em 2022.
O Ceará teve crescimentos expressivos entre janeiro e agosto de 2021, porém, entre setembro e dezembro do referido ano apresentou queda de 13,4%, mantendo a sequência aos resultados negativos em 2022.
No acumulado dos últimos doze meses, Estado registra queda de 3,7%. Neste comparativo, a média nacional é de um recuo de 0,3%.
Em um ano, ao comparar o desempenho registrado em abril de 2021 e de 2022, o Ceará apresenta aumento de 4,7% no índice, porém, tal comparativo é influenciado pelo fato de que no referido período do ano passado o Estado estava em lockdown para combater a Covid-19.
Desempenho da indústria do Ceará entre janeiro e abril de 2022
- Produção de alimentos: queda de 0,76%
- Bebidas: alta de 0,01%
- Produção têxteis: queda de 0,05%
- Confecção de artigos de vestuário e acessórios: queda de 4,15%
- Couro, artigos para viagem e calçados: queda de 2,46%
- Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: queda de 0,06%
- Outros produtos químicos: queda de 0,47%
- Indústria de minerais não metálicos: alta de 0,05%
- Metalurgia: alta de 0,45%
- Produtos de metal voltado para máquinas e equipamentos: queda de 0,13%
- Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos: queda de 1,42%.
Produção industrial no Brasil
A média nacional para o mês de abril foi de crescimento de 0,01% em um cenário de resultados distintos. O baixo desempenho da indústria de São Paulo, que representa 34% do polo industrial do País, teve forte influência no desempenho nacional.
“Esse crescimento tímido em abril se deve a fatores como a inflação elevada, a baixa massa de rendimento, que reduz o consumo das famílias, o encarecimento das matérias-primas e o desabastecimento de insumos. Tudo isso recai diretamente sobre a cadeia produtiva, diminuindo o ritmo da produção industrial”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
As maiores altas registradas foram as do Rio de Janeiro, com aumento de 5,9% na produção industrial em abril, seguido por Santa Catarina, com alta de 3,315, Bahia com 3% e Pernambuco (2%).
Na outra ponta do ranking, sete estados entre os 15 monitorados pelo IBGE, computaram retração no índice. As mais leves foram de Goiás com queda de 0,5%, seguido por Minas Gerais e Espirito Santo, ambos com queda de 0,6%.
Em sequência, aparecem o Ceará, seguido por São Paulo, com retração de 2,8% e em cenário mais crítico, Paraná e Mato Grosso com quedas de 4,3% e 4,7%, respectivamente.
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