Amazon libera cupons cumulativos: entenda o que aconteceu

O site da varejista Amazon liberou cupons cumulativos nessa quarta, 26, permitindo que diversos clientes pudessem comprar itens com valores muito abaixo do normal ou de graça. Entenda o que aconteceu

A gigante de varejo Amazon e termos relacionados, como “Jeff Bezos” (fundador) e “Kindle” (leitor digital da empresa), estiveram entre os assuntos mais comentados do Twitter na quarta-feira, 26. Isso porque um erro no site da empresa permitiu que diversos clientes com contas novas pudessem comprar itens com descontos acumulativos, chegando até mesmo a zerar o valor de diversas compras.

O ocorrido começou pela manhã e logo tomou conta das redes sociais, resultando em um aumento significativo no tráfego do site, o que levou a mal funcionamento. Isso gerou um pico de reclamações no site DownDetector, que acompanha o funcionamento de diversas plataformas digitais, por volta de 8 horas (horário de Brasília). Enquanto isso, o assunto acumulava um milhão de tweets relacionados.

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Cupons da Amazon: internautas compartilham compras com desconto

Internautas compartilharam cerca de 20 códigos de cupons, que eventualmente pararam de funcionar ou retornaram ao sistema tradicional do site, que não acumula cupons em uma mesma compra. “Houve um problema em nosso site que foi rapidamente corrigido. Lamentamos qualquer inconveniente causado e entraremos em contato com os clientes impactados”, declarou a Amazon em nota. Segundo a varejista, o problema no sistema do site já foi consertado.

No Twitter, diversos relatos foram compartilhados. Em um deles, uma cliente da loja conseguiu comprar um Kindle, cujo valor é de R$ 399, por R$ 79,05, após aplicar diversos descontos às compras. Um Kindle repleto de descontos também foi “adquirido” por outro cliente, que chegou a publicar um print da tela do celular com previsão de entrega do produto. Outras pessoas conseguiram zerar o valor de grandes compras de livros.

Cupons da Amazon: os pedidos serão cancelados?

Alguns usuários também demonstraram preocupação quanto à possibilidade de as compras serem canceladas pela Amazon. A situação foi comparada a ação promocional de dezembro do ano passado do PayPal, que distribuiu cupons de R$ 50 para usuários e depois cancelou o benefício. Após atuação do Procon-SP, a plataforma devolveu os cupons. Até o momento, Amazon não se manifestou quanto a isso.

Consultado pelo portal G1, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) explicou que, conforme o Código de Defesa do Consumidor, a oferta anunciada por uma empresa deve ser mantida e cumprida, apesar de existirem casos atípicos.

“Existem decisões judiciais em casos assim que excepcionalmente reconheceram que a propaganda enganosa se tratou de um erro muito notório da empresa e que, por isso, os consumidores não puderam exigir o cumprimento dela porque nitidamente estariam abusando do seu direito. Mas na maioria das vezes não se trata deste caso”, escreveu o órgão em nota enviada ao portal.

“Se os consumidores foram induzidos a acreditar que se tratava de uma promoção atraente, com o valor ofertado semelhante ou próximo a de promoções e próximos ao já praticado pela empresa e concorrentes, é direito dessas pessoas exigir o cumprimento da oferta, independentemente da culpa da empresa. Negar esse direito seria negar a lei de defesa do consumidor e abrir espaço para que publicidades de promoções enganosas”, complementou o Idec.

Conforme o órgão, é necessário analisar se realmente houve um erro notório da empresa, o que não abriria margem para o cumprimento da oferta anunciada, ou se os consumidores foram induzidos ao erro, o que manteria os valores descontados dos pedidos.

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