Centerplex Cinemas pede recuperação judicial; salas continuam funcionando

Empresa se diz prejudicada pela pandemia e contabiliza queda no faturamento superior a 80%

A queda superior a 80% no faturamento contabilizada nos últimos dois anos foi a justificativa para que o Grupo Centerplex Cinemas entrasse com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira, 23. O funcionamento das salas no Ceará, nos shoppings Via SulGran Shopping Messejana, North Shopping Maracanaú e Shopping Cascavel está garantido, de acordo com a empresa.

Todos os filmes já anunciados e os lançamentos previstos estão confirmados, segundo afirmou o Grupo ao O POVO. No site do Centerplex, o usuário continua com acesso às sessões e nenhum aviso de interrupção ou diminuição de exibições é feito.

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Com 90 salas de cinema em operação no País, o grupo disse que os efeitos da crise deflagrada pela Covid-19 "foram devastadores desde o final de fevereiro de 2020, e ainda antes das determinações de fechamento das operações de cinema no País, o Centerplex já enfrentava sutil resfriamento do mercado de exibição cinematográfica."

“Ao longo deste período, o Centerplex buscou negociar com seus credores uma dívida de cerca de R$ 23 milhões, reduzir custos e captar linhas de crédito junto às instituições financeiras, entretanto devido o cenário econômico mundial e a falta de perspectivas do setor, isto não foi possível”, enumera Marcio Eli, CEO do Centerplex.

 

Portas fechadas

Em nota, o Grupo conta que, mesmo após a volta dos lockdowns instituídos no período de alta contaminação, "os constantes adiamentos, cancelamentos de lançamentos e a exibição de diversos filmes diretamente na plataforma streaming afetaram significativamente no retorno do público para salas de cinemas."

Apenas em 2020, a empresa contabiliza entre seis e nove meses de portas fechadas e mais três meses em 2021. Isso fez com que a receita total das operações, antes inexpressivas próximas ao fechamento, chegaram a zero e assim permaneceram por mais de seis meses, segundo o Centerplex.

"Esse cenário contribuiu diretamente para o desequilíbrio financeiro da empresa, comprometendo os contratos em vigor, serviços contratados, produtos adquiridos e consequentemente a manutenção dos postos de trabalho", completa.

'Voltar a crescer'

Nesse período, unidades foram fechadas e funcionários foram demitidos na tentativa de equalizar as contas e manter o funcionamento. No entanto, as medidas não foram suficientes e a entrada no pedido de recuperação aconteceu.

“Entramos com o pedido de recuperação judicial na hora exata e temos grande oportunidade de voltar a crescer nesta nova etapa, mas será necessária e imprescindível finalizarmos nossos ajustes com essa medida. Temos uma marca com presença e prestigio nacional e acreditamos que tal medida trará o equilíbrio que se faz necessário para aproveitarmos a retomada da economia e buscar proteção legal para reestabelecer nosso fluxo de caixa e assim poder operar normalmente e preservar empregos”, justifica o CEO.

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