Paralisação dos caminhoneiros: impacto no fluxo de cargas e abastecimento no Ceará é incerto

Com atos em 15 estados do País, impactos das manifestações de caminhoneiros em apoio a Bolsonaro no fluxo de cargas e abastecimento no Ceará ainda é imprevisível

No segundo dia de manifestações de caminhoneiros em apoio ao presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), a situação do Ceará permanece incerta, tanto com relação à adesão ao movimento quanto sobre o impacto dos atos no abastecimento e fluxo de cargas no Estado.

Até as 11 horas da manhã desta quinta-feira, 9 de setembro, não havia registros de rodovias, estaduais ou federais, com bloqueios em virtude dos atos.

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"Até o momento, não recebemos nenhuma informação de paralisação ou bloqueio aqui no Ceará", afirma Clóvis Fava, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Ceará (Sindicam).

Ele destaca porém que os atos não possuem origem sindical e que os caminhoneiros, em sua maioria autônomos, estão aderindo ao movimento por conta própria, o que aumenta a incerteza da dimensão dos protestos.

Com relação a riscos de desabastecimento e atraso no fluxo de cargas no Ceará, Clóvis destaca que eles existem, mas que não podem ser dimensionados.

"Isso, uma hora ou outra pode acabar acontecendo, depende de muitos fatores, principalmente da situação dos outros estados. Ainda não temos previsão de atraso ou desabastecimento, mas se continuar assim, com certeza irá existir", complementa.

Ele pontua ainda que o movimento, registrado em 15 estados brasileiros, parte de uma ação popular, liderada por caminhoneiros influentes entre a classe, especialmente pelas falas do motorista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como "Zé Trovão" nas redes sociais, com apoio do cantor sertanejo e ex-deputado Sérgio Reis. 

"De nossa parte, da instituição, da classe associada e dos caminhoneiros organizados não tem ninguém da nossa classe, especificamente focado em alguma reivindicação. Para nós não é um protesto, pois não é uma reivindicação da categoria", reforça Clóvis.

Os membros dos atos pedem a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e reivindicam mais poderes de decisão para Bolsonaro.

O representante sindical da categoria de caminhoneiros e empresas transportadoras no Ceará afirma que as pautas têm adesão de diversos segmentos sociais e que há uma insatisfação crescente. Ele avalia que os atos devem se fortalecer ou mesmo ressurgir em novos locais em breve. 

"Esperamos que não ocorra bloqueios, racionamento, desabastecimento, mas o que eu noto é que isso não vai parar, é fora do controle sindical, é algo dos cidadãos e estão tendo apoio uns nos outros", finaliza. 

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