Dirigente do Fed vê 'progressos' que justificam fim de QE até o 1º tri de 2022

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em St. Louis, James Bullard, argumentou nesta quarta-feira que a economia dos Estados Unidos avançou em direção aos "progressos substanciais adicionais" estabelecidos pela autoridade monetária como requisito para a retirada de estímulos.
Por isso, durante entrevista ao site Barron's, Bullard defendeu que o programa de compra de ativos deve ser completamente terminado até o primeiro trimestre de 2022.
Na visão dele, uma lenta diminuição do relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) implicaria em riscos e diminuiria a flexibilidade do BC no cronograma de aperto monetário. "Os mercados já estão precificando o tapering", disse, em referência ao nome pelo qual o processo de normalização é conhecido.
O dirigente opinou ainda que não vê necessidade de retornar aos níveis pré-pandemia para que o mercado de trabalho americano possa ser considerado "robusto". Isso porque, de acordo com ele, um contingente grande de trabalhadores decidiu se aposentar durante a crise.
Bullard projetou também a primeira alta da taxa básica de juros no último trimestre de 2022. Para ele, é possível que nessa data, a inflação esteja mais elevada do que o esperado. O dirigente disse que a decisão sobre as Fed funds devem vir após o fim do QE, momento a partir do qual a instituição deveria reduzir o balanço de ativos, no entendimento dele.
O líder da regional de St. Louis comentou que o Fed se reservará ao direito de ajustar o tapering em quanto ele estiver em curso, caso necessário.

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