PMI industrial do Brasil sobe a 56,4 em junho, mostra IHS Markit

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil subiu para 56,4 pontos em junho, após 53,7 pontos em maio, conforme a IHS Markit. A média do segundo trimestre (54,1), porém, ficou abaixo da verificada entre janeiro e março (55,9).

De acordo com a IHS Markit, o resultado positivo de junho se deve a um aumento mais intenso nas vendas, sustentando expansões mais rápidas na produção, compra de insumos e índice de emprego. A confiança nos negócios também se fortaleceu no decorrer do ano. A escassez global de matéria-prima e a fraqueza da moeda, no entanto, continuam pressionando intensamente os fabricantes. O índice de preço de insumos e a inflação da produção chegaram a taxas sem precedentes no pré-crise.

"As empresas viram seus pedidos aumentarem substancialmente em relação ao mês passado. O crescimento do índice de produção também ganhou impulso à medida que as fábricas trabalhavam na reconstrução de seus estoques para atender às crescentes necessidades da demanda", afirma em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima. "As empresas parecem ter alcançado essa meta, pois houve aumentos recordes no índice de estoque de insumos e de bens finais."

Com o fortalecimento da demanda, a entrada de novos negócios aumentou pelo segundo mês consecutivo, sobretudo no segmento de exportação. As vendas internacionais aumentaram pelo quinto mês consecutivo, em ritmo acelerado, em razão da retomada da atividade normal no exterior e da oferta escassa em outros lugares.

O volume crescente de novos pedidos levou a um aumento na produção superior à média de longo prazo da pesquisa. A compra de insumos, por sua vez, foi a mais elevada desde fevereiro, apesar de os preços terem registrado uma das altas mais elevadas da série. A escassez de matérias-primas chamou a atenção, com foco em metais, embalagens, plásticos e semicondutores.

A pressão nos custos acabou repassada aos clientes, e a taxa geral de inflação nas vendas foi uma das mais intensas já registradas. "A força da demanda será testada nos próximos meses", comenta Lima.

A previsão dos fabricantes é de crescimento da produção no próximo ano, com a pesquisa de junho indicando o nível mais alto de sentimento positivo em seis meses, impulsionado pela esperança de avanço da vacinação e recuo da pandemia. As empresas pretendem aumentar o marketing e preveem o crescimento dos investimentos.

O cenário positivo contribuiu para nova rodada de criação de empregos na indústria, e a taxa de expansão do índice foi a mais rápida em sete meses. Os dados também indicaram que as empresas tinham recursos suficientes para concluir os projetos recebidos, com pedidos em atraso diminuindo pela primeira vez em um ano.

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