TIM cria banco de talentos com recomendação de profissionais LGBTQIA+ para promover diversidade

Ação garante que a partir de junho empresa realizará primeira busca por candidatos para eventuais contratações dentro da base de dados de trabalhadores LGBTQIA+

Para além das campanhas promocionais em defesa da diversidade sexual e de gênero, a empresa de telecomunicações TIM, projeta uma série de ações com foco em promover a diversidade dentro de seu quadro de funcionários. A companhia detalha com exclusividade ao O POVO todos os projetos implementados com tal propósito. O mais recente é a criação de um banco de talentos apenas com profissionais LGBTQIA+.

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Com recomendação de quem já trabalha na TIM, a empresa se compromete a partir deste mês a realizar a primeira busca por candidatos para futuras contratações no banco de dados criado para promover a diversidade dentro da empresa.

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“Inclusão e diversidade é algo que já é discutido na TIM tem pelo menos uma década e desde 2019 estamos atuando mais fortemente no tema, com políticas mais estruturadas, entre elas a criação de uma gerência exclusiva para promoção da diversidade dentro da nossa área de Recursos Humanos”, explica Alan Kido, gerente do núcleo de diversidade da companhia.

O gestor pontua ainda que desde 2014 são feitas ações de sondagem dentro da empresa para avaliar quais seriam as melhores formas de se implementar as mudanças necessárias para promoção da diversidade de gênero, de orientação sexual e racial. “Nós tivemos o entendimento de que para se fazer tais mudanças, seria necessário uma mudança cultural em toda a companhia dos colaboradores em início de carreira até o presidente, não basta apenas ações de inclusão”, detalha Alan.

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Com foco na diversidade, a TIM promove ações afirmativas para inclusão de mulheres e de profissionais negros, além de uma licença remunerada para profissionais LGBTQIA+ que sofram algum tipo de violência na rua e precisem se ausentar para recuperação física e/ou psicológica. Há ainda um programa de orientação e apoio terapêutico e jurídico para estes profissionais possam melhor lidar com a eventual situação de discriminação, tendo esta ocorrido dentro ou fora da empresa. Além disso, pessoas trans podem solicitar licença remunerada para passar pelo processo de transição, caso desejem.

“Uma das estratégias adotadas foi a criação de alguns grupos de afinidade, que reúne atualmente cerca de 500 colaboradores da TIM, então são mulheres, pessoas negras, LGBTs, apoiadores das causas, que se reúnem e discutem o tema, os desafios dessas pessoas, é ouvindo eles e trazendo as experiência deles como norteador das nossas ações de inclusão”, detalha Alan.

Além de gerar ações, os grupos de afinidade também mudam as visões de mundo de parte dos colaboradores, conforme comenta Renan Trindade, 31. “Com minha atuação no grupo eu pude entender que mercado brasileiro necessita dessas políticas, porque não é simples e fácil para todas as pessoas. Quando a empresa cria programas como esses, criamos oportunidades iguais, é a garantia de que o que será avaliado é realmente a competência técnica e o histórico de conhecimento que aquela pessoa carrega”, comenta.

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Atual gerente regional de Suporte a Vendas, Renan trabalha na TIM há 12 anos, tendo sido a empresa seu segundo emprego na vida, e diz sentir orgulho de atuar em uma empresa que defende a diversidade. “Há 12 anos, eu já sentia isso na TIM, mesmo sem campanhas ou a quantidade de ações estruturadas que temos hoje, já vi muita gente, assim como eu, começar de baixo na empresa e conseguir crescer, independente de orientação sexual, cor, gênero. Esse ideal da TIM é realmente algo genuíno”, complementa ao dizer que a empresa atua sempre para “dar voz e espaço para todos os grupos marginalizados”.

Para além do público LGBTQIA+, ainda em março deste ano, a TIM divulgou seu plano trienal, no qual se comprometeu a ter 35% dos cargos de mando e gestão da empresa ocupados por mulheres, além de ter um percentual mínimo de 40% do quadro de funcionários sendo composto por pessoas pretas. Como forma de alcançar as metas, a empresa de telecomunicações tem realizado programas de estágio e trainee com foco exclusivo na contratação de grupos marginalizados no mercado de trabalho, incluindo para além dos citados no plano trienal, LGBTs, Pessoas com Deficiência (PCD) e idosos.

Além das contratações diretas, Alan pontua ainda que a TIM planeja lançar no segundo semestre deste ano um programa de treinamento e qualificação profissional para pessoas Trans e travestis, com foco em certificar essa parcela da população, para que estas tenham melhores chances de ingressar no mercado formal de emprego. Além da qualificação, o programa espera absorver parte das pessoas que completarem o treinamento com foco na atuação em loja, call center e operação técnica nas centrais de engenharia de telecomunicações da empresa pelo País.

“A TIM está focada em ter uma cultura interna sempre mais inclusiva e em contribuir para a evolução da sociedade, por meio do fortalecimento de iniciativas de combate à discriminação dentro e fora da empresa, além de ações concretas para ampliar a empregabilidade e a inclusão de pessoas LGBTI+”, explica Maria Antonietta Russo, Diretora de Recursos Humanos da empresa.

Questionado sobre como os demais colaboradores da TIM têm interpretado tais ações, Alan é categórico: “Respeito é básico, inclusão é essencial”. Ele pontua que seguindo essa máxima, a coordenadoria de inclusão da empresa passou a trabalhar o tema da diversidade nas ações de comunicação interna com maior intensidade. “Desde o início tínhamos o entendimento muito específico e nítido de que era necessário darmos informação, pois parte da discriminação parte da ignorância. Assim, sempre dizíamos: ‘você pode pensar de tal forma sobre a comunidade, você pode não entender, então toma aqui o conhecimento para você deixar de ser leigo e aprender a atuar com respeito’”, complementa.

Dentro dessa perspectiva, a parceria com outras entidades é um acelerador das ações de inclusão dentro da TIM. Alan menciona que no segundo semestre deste ano está previsto para renovação de um pacto com a ONU Mulheres, para construção de ações de enfrentamento a discriminação por gênero, ao machismo e ao assédio no ambiente de trabalho.

A mais recente parceria firmada foi com o Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+, o qual a TIM passou a integrar no começo da semana, conforme anúncio feito pelo CEO da empresa, Pietro Labriola. “A diversidade e a inclusão propiciam ambientes e cultura cada vez mais inovadores. A Tim é reflexo disso: somos a operadora mais inovadora. A valorização da diversidade é um impulso ao nosso negócio e traz impactos relevantes para a sociedade. Todos ganham”, reforça o gestor.

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