Peru desiste de sobretaxar confecções têxteis do Brasil
Depois de sete meses de investigação, o Peru desistiu de sobretaxas as importações de confecções têxteis (vestuário e produtos de cama, mesa e banho) do Brasil. A decisão foi anunciada hoje (22) pelos Ministérios da Economia e das Relações Exteriores.
Em nota conjunta, as pastas informaram que a salvaguarda teria impacto negativo sobre as exportações brasileiras e que o Brasil conseguiu comprovar, com os empresários do setor têxtil, que as exportações nacionais não prejudicam os produtores peruanos.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
Assine“O governo brasileiro participou de todas as etapas da investigação, em defesa dos interesses dos exportadores nacionais. As posições do Brasil se somaram às manifestações de outros países e de setores empresariais em favor da não-aplicação de medidas. Ao final, a autoridade peruana concluiu não estarem dadas as condições técnicas para adoção das salvaguardas”, destacou o comunicado.
As salvaguardas têm como objetivo aumentar temporariamente a proteção a um setor da economia que sofre prejuízos provocados pela concorrência das importações, até que os produtores locais se ajustem. A aplicação da medida está amparada pelas regras da Organização Mundial do Comércio, desde que o país que aplica a medida consiga comprovar prejuízos decorrentes de práticas comerciais desleais.
Segundo os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o Peru é o sétimo destino das exportações do setor de confecções. Em 2019, conforme as duas pastas, as vendas brasileiras desses produtos somaram US$ 3,3 milhões ao país vizinho.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente