Preço do Bitcoin cai 10% em 24 horas após China afirmar que moeda "não é real"

Em nota conjunta assinada pelas três maiores instituições bancárias do País, a China frisa que a criptmoeda "não pode ser usada no mercado"

Menos de uma semana após críticas de Elon Musk imporem uma queda vertiginosa ao preço da criptomeda Bitcoin, a China emitiu, ainda na terça-feira, 18, um comunicado oficial afirmando que a moeda "não pode ser usada no mercado". A recomendação chinesa fez com que o valor do Bitcoin enfrentasse uma nova desvalorização acelerada. Cerca de 24h depois do anúncio do país asiático, a queda atingia o patamar de 10%, fazendo com que a moeda fosse vendida por valores abaixo de US$ 40 mil, nos menores preços registrados desde fevereiro deste ano. 

"A moeda virtual não tem suporte de valor real e os preços são extremamente fáceis de serem manipulados", acrescenta o comunicado conjunto da Associação financeira digital da China, da Associação de Bancos da China e da Associação de Pagamentos e Compensação da China. As três instituições apresentam apoio do governo chinês que define o uso de criptomoedas como de "alto risco". 

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O uso de moedas como o Bitcoin, segundo comunicado, seria um desrespeito ao "compromisso social" de todas as instituições financeiras que o implementem. Assim, a orientação do governo passou a ser de que todas as organizações financeiras, incluindo bancos, seguradoras e empresas: "não devem usar moeda virtual para definir preços de produtos e serviços, subscrever negócios de seguros relacionados a moedas virtuais ou incluir moedas virtuais no escopo de responsabilidade de seguro e não devem diretamente ou fornecer indiretamente aos clientes outros serviços". 

O comunicado se dirige ainda para a população de modo geral e afirma que investir em criptomoedas é uma ação que irá conduzir a "perda de propriedade e direitos" e destaca que a legislação do país não reconhece qualquer transação relacionada ao Bitcoin ou qualquer outra moeda virtual.

"As contas bancárias pessoais devem ser valorizadas e não usadas para recarga e retirada de contas em moeda virtual, códigos de recarga de transações relacionadas à compra e venda e transferência de fundos de transações relevantes, etc., para evitar o uso ilegal e vazamento de informações pessoais", complementa o texto. 

As entidades que assinam o documento frisam ainda que a partir do comunicado, divulgado na terça-feira, 18, irão implementar uma política mais rígida de fiscalização de seus associados, sejam pessoas físicas ou jurídicas, e frisam ainda a necessidade de autodisciplina de todos evitar qualquer negociação ou relação com transações envolvendo criptomoedas. 

As três entidades financeiras destacam ainda que mediante a supervisão intensificada, caso sejam encontrados "violações de regulamentos regulatórios relevantes e requisitos de gestão de autodisciplina da indústria", irão adotar sanções aos envolvidos. Dentre as possíveis consequências expressas pelas organizações estão a notificação da indústria, suspensão dos direitos de associação e cancelamento da associação com as entidades de acordo com os regulamentos de autodisciplina relevantes.

Mediante suspeita de qualquer violação, as entidades irão realizar ainda um relatório, junto ao departamento de gestão financeira da entidade alvo de suspeitas, e caso seja encontrado indícios de violações mais graves das recomendações feitas pelas instituições financeiras do país, haverá a judicialização do caso, com acionamento dos órgãos de segurança pública do país. 

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