Preço de medicamentos tem alta acima de 10% em abril, aponta estudo

O encarecimento dos produtos ficou acima da inflação oficial para o período. Influenciou a elevação o reajuste de preços anual dos remédios

Os preços de medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil apresentaram alta de 10,53% em abril. O encarecimento é puxado pelo aumento de todos os itens que compõem os grupos de medicamentos analisados e o crescimento dos valores supera a inflação oficial (IPCA/IBGE) do período, bem como outros indicadores econômicos do último mês, como o IGP-M/FGV (+1,51%) e na taxa média de câmbio (-1,49%).

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O dado é do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo, health tech de soluções digitais para gestão em saúde.

Em março, o avanço havia sido de 1,72%, mas, em abril, a escalada de preços para alguns grupos ficaram acima dos 15%, o que elevou expressivamente o índice.

Destacam-se as elevações dos usados nos tratamentos de sangue e órgãos hematopoiéticos (+20,59%), anti-infecciosos gerais (+17,19%) e preparos hormonais (+15,42%). Também subiram de valor medicamentos para aparelho cardiovascular (+13,31%), aparelho digestivo e metabolismo (+11,03%).

Ainda influenciou, no mês, os reajustes anuais de preços, segundo a regulamentação de preços-teto da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), de até 10,08% para os produtos do nível 1, de maior concorrência; de até 8,44%, para os produtos de nível 2, de concorrência moderada; e de até 6,79%, para o nível 3, para produtos sujeitos a pouca ou nenhuma concorrência no mercado.

O estudo ainda mostra que o IPM-H acumula alta de 13,66% em 2021 e de 20,22% nos 12 últimos meses encerrados em abril.

Neste último cenário, os maiores encarecimentos foram daqueles usados para o aparelho digestivo e metabolismo (+62,00%), sistema nervoso (+57,81%), aparelho cardiovascular (+47,94%), preparados hormonais (+28,03%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+22,97%) e sistema musculoesquelético (+22,11%).

Já os itens com as menores variações são anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+3,19%), órgãos sensitivos (+4,54%), aparelho respiratório (+6,10%), medicamentos atuantes no aparelho geniturinário (+8,98%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+8,99%) e agentes antineoplásicos/quimioterápicos (+12,93%).

 

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