Bolsonaro: administração federal não está 'à margem do que está acontecendo'

Pressionado pelo avanço da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)rebateu críticas contra o governo e afirmou que a administração federal não está "à margem do que está acontecendo". A declaração foi feita durante participação virtual em reunião da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, do Congresso Nacional, na tarde desta quinta-feira, 11.

O presidente da República participou do evento enquanto estava no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Bolsonaro não usava máscara. Guedes estava com o equipamento de proteção no rosto inicialmente, mas tirou a máscara no momento em que foi discursar.

Bolsonaro criticou medidas de isolamento adotadas, como toque de recolher em São Paulo e no Distrito Federal em determinados horários. O presidente da República comparou a restrição a um estado de sítio, que só o chefe do Executivo poderia decretar, com aprovação do Congresso Nacional.

O lockdown foi classificado por Bolsonaro como "irresponsabilidade", citando que "até o futebol" foi cancelado. Nesta semana, a condução do governo na crise de covid-19 foi criticada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo governador de São Paulo, João Doria, dois possíveis candidatos à eleição presidencial de 2022.

O presidente negou que tenha se posicionado contra a saúde das pessoas, apesar de ter minimizado a covid-19 desde o início da pandemia, quando, por exemplo, chamou o vírus de "gripezinha". Ele reforçou que "emprego também é vida", criticando as medidas de isolamento orientadas por autoridades sanitárias. "Você que está empregado, estamos trabalhando para manter seu emprego, não estamos fazendo política", afirmou.

De acordo com Bolsonaro, o governo tomou medidas para combater o novo coronavírus desde o "primeiro momento". Por isso, nas palavras do presidente da República, ele não pode ser acusado de negacionista, terraplanista ou genocida. "Estamos no caminho certo. Faremos de tudo possível diminuir o número de mortes e, se Deus quiser, zerar o número de mortes no Brasil, no tocando à vacina, no tocando ao coronavírus."

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