PIB do Brasil retrai 4,1% em 2020 e registra maior queda anual desde 1996

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresenta uma série de outras reduções históricas

Apresentando a maior redução anual em 24 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fechou 2020 com queda de 4,1%. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresenta uma série de outras reduções históricas nos demais indicadores econômicos federais.

Os números expressam a maior redução anual desde o início do monitoramento no País, em 1996. O desempenho de 2020 pôs fim a uma sequência de três anos de crescimento médio de 1% e superou a maior marca negativa anterior, registrada em 2015, quando o PIB retraiu 3,25%. Em 2020, o único segmento da economia a apresentar saldo positivo foi o agronegócio, com crescimento de 2% no ano.

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A pandemia de Covid-19 e a incerteza econômica gerada por doença, são apontadas como principais responsáveis pelo cenário negativo. “Diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, ponderou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Com o recuo, o saldo de todas as riquezas do país em 2020 foi de R$ 7,4 trilhões. O PIB per capita, isto é, a divisão das riquezas do país frente a população total, também apresentou recuo recorde de 4,8%, fechando o ano com patamar de R$ 35.172.

Os recuos de 4,5% no segmento de serviços e de 3,5% da indústria foram índices significativos na retração registrada, tendo em vista que estes representam cerca de 95% da riqueza do país. Serviços como alimentação fora lar, academias, bares e hotéis registraram a maior queda do setor, com 12,1% de retração no faturamento.

Outras atividades que apresentaram quedas significativas foram o setor de transportes, com diminuição de 9,2% na movimentação anual. As atividades de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-4,7%) e comércio (-3,1%) também apresentaram quedas expressivas.

Na indústria, o destaque negativo foi o desempenho da construção, que após alta em 2019 registrou queda de 7% em 2020. As indústrias de transformação caíram 4,3%, influenciadas pelo recuo na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos caíram 0,4%.

Registrando um tímido avanço, as indústrias extrativas, porém, avançaram 1,3%, devido à alta na produção de petróleo e gás que compensou a queda da extração de minério de ferro. Além disso, no grupo de serviços, atividades relacionadas ao ramo financeiro, de seguros e serviços relacionados avançaram 4% e as atividades imobiliárias 2,5%.Na agricultura, enquanto pecuária e pesca apresentaram fraco desempenho ante o esperado para o ano, a produção e exportação de soja cresceu 7,1% e do café, 24,4%, produções recordes na série histórica.

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