Dívida Pública Federal cresce 4,63% em dezembro e fecha 2020 em R$ 5,009 tri

Com a necessidade de financiar um rombo recorde nas contas públicas causado pelo enfrentamento da pandemia de covid-19, o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) saltou 4,63% em dezembro e fechou o ano de 2020 em R$ 5,009 trilhões. O resultado ficou acima do teto da meta do Tesouro Nacional para a evolução do estoque no ano passado, que ia de R$ 4,600 trilhões a R$ 4,900 trilhões.

Em novembro, o estoque estava em R$ 4,787 trilhões e, no fim de 2019, estava em R$ 4,248 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 28,30 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 193,34 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 4,67% em dezembro e fechou o ano em R$ 4,776 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,79% maior no mês, somando R$ 243,45 bilhões ao fim de 2020.

Composição

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu em dezembro, encerrando 2020 em 34,78%. Em novembro, estava em 34,16%. Os papéis atrelados à Selic reduziram a fatia, de 35,57% para 34,81%.

Os títulos remunerados pela inflação subiram para 25,30% do estoque da DPF em novembro, ante 25,10% em novembro. Os papéis cambiais tiveram redução na participação na DPF de 5,17% em novembro para 5,11% em dezembro.

A participação dos papéis prefixados ficou acima do teto das metas do PAF para o ano passado, que ia 30% a 34%, enquanto a fatia dos títulos remunerados pela Selic ficou abaixo do piso do intervalo estipulado de 36% a 40%.

Os demais papéis ficaram dentro das metas do PAF de 2020. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta era de 23% a 27% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 28,11% em novembro para 27,57% em dezembro. O prazo médio da dívida passou de 3,66 anos em novembro para 3,57 anos em no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF diminuiu de 8,40% ao ano em novembro para 8,37% ao ano ao fim de 2020.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em 2020. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,43% no fim de 2019 para 9,24% no mês passado. Em novembro, estava em 9,47%.

O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 440,52 bilhões em dezembro. No fim de 2019, estava em R$ 425,77 bilhões. Na comparação com novembro, porém, houve alta em relação ao nominal de R$ 431,28 bilhões.

A maior participação no estoque da DPMFi ficou com as instituições financeiras em 2020, com 29,62% ao fim de dezembro, ante 29,51% em novembro. Na sequência, os fundos de investimento elevaram a participação de 25,50% para 25,98% de um mês para o outro.

O grupo Previdência passou de 22,74% em novembro para 22,65% em dezembro e as seguradoras passaram de 3,79% para 3,68% na mesma comparação.

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