Conselho de secretários alerta que vacinação tem custo menor que criar pacotes de auxílios

Em nota, titulares de secretarias de Desenvolvimento Econômico mostram que os gastos com a vacinação na ordem de R$ 20 bilhões são bem menores do que o que foi gasto com auxílios, em R$ 330 bilhões

O Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento Econômico (Consedic) lançou nota sobre a necessidade de vacinação para a recuperação da economia e alertou para o custo bem menor de imunizar a população, em R$ 20 bilhões, frente aos gastos da União com auxílios, em torno de R$ 330 bilhões.

"O gasto da União para proteger a camada da população mais vulnerável foi de cerca de R$ 330 bilhões, e ainda é essencial para a parte da população, enquanto as estimativas para uma vacinação em massa são em torno de R$ 20 bilhões, assim, vendo apenas pela ótica econômica, podemos afirmar que vacinar a população tem um custo inferior ao de criar pacotes de auxílio a população vulnerável", diz a nota.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Para o Conselho, há falta de clareza quanto ao início da vacinação, que tende a elevar os custos da União e dos estados, além das externalidades negativas advindas do contexto. "Soma-se a isso a insegurança com relação à retomada das atividades econômicas e cotidianas generalizadas em todo o País", complementa.

A preocupação é que a evolução no contágio e do número de mortes pela Covid-19 agrava os riscos para a economia brasileira já nos próximos meses. "Com a chegada da segunda onda, pode ser necessária a implementação de novas restrições à mobilidade, impactando diretamente a atividade econômica e no desemprego. Portanto torna-se ainda mais imperioso que concentremos esforços na execução de um plano de vacinação em massa para o País, o que não pode ser mais postergado", afirmam.

Veja a íntegra da nota

Com muita tristeza para o Brasil, atingimos a marca de 200 mil vidas ceifadas pela Covid-19, também alcançamos mais 3 milhões de desempregados e outros milhões de postos de trabalhos informais destroçados no período da pandemia. Os esforços feitos até agora nas áreas de saúde e economia mitigaram efeitos deletérios da primeira onda da Covid-19 no Brasil, mas a saída definitiva desta crise sem precedentes se dará somente com o acesso à vacina em todo o País.

O gasto da União para proteger a camada da população mais vulnerável foi de cerca de R$ 330 bilhões, e ainda é essencial para a parte da população, enquanto as estimativas para uma vacinação em massa são em torno de R$ 20 bilhões, assim, vendo apenas pela ótica econômica, podemos afirmar que vacinar a população tem um custo inferior ao de criar pacotes de auxílio a população vulnerável.

A falta de clareza quanto ao início da vacinação tende a elevar os custos da União e dos Estados, além das externalidades negativas advindas desse contexto. Soma-se a isso a insegurança com relação à retomada das atividades econômicas e cotidianas generalizadas em todo o País.

O cenário de evolução no contágio e do número de mortes pela Covid-19 agrava substancialmente os riscos para a economia brasileira já nos próximos meses. Com a chegada da segunda onda, pode ser necessária a implementação de novas restrições à mobilidade, impactando diretamente a atividade econômica e no desemprego.

Portanto torna-se ainda mais imperioso que concentremos esforços na execução de um plano de vacinação em massa para o País, o que não pode ser mais postergado.

Hoje também foi um dia de esperança com a confirmação da eficácia de uma vacina de um Instituto nacional e de referência internacional que já se encontra em território brasileiro e que é a única disponível neste momento em quantidade expressiva para início do Plano de Imunização Nacional e controle efetivo da pandemia.

Considerando também ao prazo prolongado para a realização da vacinação da população num país com dimensões continentais, e mais de 200 milhões de habitantes, é necessário um esforço adicional para a implementação do plano de vacinação, sob pena de expor o país e sua população a perdas de vidas danos irrecuperáveis.
Assim, é necessário a união de esforços e empenho do Governo federal para a definição o mais breve possível com relação a realização de compras das vacinas disponíveis bem como dos insumos necessários para a realização da vacinação, ou que seja delegado para os Estados tal decisão.

Com união e muito trabalho conseguiremos juntos vencer as dificuldades impostas pela pandemia, e sairemos dela fortalecidos, com novas experiências, e horizontes. Somente com a garantia de que a pandemia tenha chegado ao final, poderemos retomar os esforços para uma retomada econômica acelerada que deve garantir um modelo mais equânime de criação de oportunidades de emprego e renda para a população.

Simplício Araújo, presidente do Consedic

 

 


Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

vacinação recuperação da economia consedic secretarios

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar