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Bolsa sobe 0,24% e fica mais perto de máxima histórica

Num dia de forte oscilação, a B3 terminou o pregão de ontem perto da máxima histórica. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,24%, em 119.409 pontos - bem próximo do recorde de 119.527 pontos de 23 de janeiro deste ano. Ao longo do dia, o desempenho foi bastante distinto, alternando entre o terreno positivo e negativo, conforme o humor dos investidores em Nova York.

Durante a manhã, a B3 chegou a bater 119.860 pontos, mas não teve fôlego para resistir até o fim do pregão e chegou a cair para 118.750 pontos. Mas, na reta final do fechamento, se recuperou e fechou com ligeira alta. Em dezembro, a Bolsa registra valorização de 9,66% e, no ano, ganho de 3,25%. O fechamento de ontem reflete, em parte, a cautela dos investidores em relação à aprovação pelo Senado do aumento do valor de auxílio nos Estados Unidos, de US$ 600 para US$ 2 mil.

Em Wall Street, as Bolsas fecharam em baixa após o líder da maioria no Senado americano, Mitch McConnell, bloquear uma tentativa de aprovação rápida do auxílio. O republicano disse que tentará atender à demanda do presidente Donald Trump, mas não se comprometeu a colocar o projeto em votação. Na abertura, os índices acionários americanos haviam renovado as máximas históricas intraday. No fim do dia, o Nasdaq fechou em queda de 0,38%; o Dow Jones, 0,22%; e o Standard & Poor's 500, 0,22%.

Bolsa barata

Por aqui, as expectativas dos analistas são positivas. Apesar de voltar ao terreno positivo, a Bolsa brasileira ainda é considerada barata. Segundo George Wachsmann, chefe de gestão da gestora Vitreo, em dólar, a B3 ainda está 20% abaixo do início da pandemia. "Junta-se a isso o fato de haver excesso de liquidez no mundo. O Brasil deve ser um dos principais destinos desses recursos."

Nos últimos dois meses, o movimento na B3 já mostra um retorno dos investidores estrangeiros. De novembro até semana passada, o saldo foi positivo em cerca de R$ 43 bilhões. Para Wachsmann, as questões políticas e fiscais vão continuar influenciando o humor dos investidores. Em menor intensidade o estrangeiro e mais o investidor local, que tem um "olhar mais apaixonado", diz o chefe de gestão da Vítreo.

Apesar do cenário menos nebuloso, as oscilações devem continuar. O analista da Necton, Rodrigo Barreto, acredita que o salto do Ibovespa neste fim de ano deve ser sucedido por uma correção, como ocorreu em janeiro deste ano, depois de forte valorização no fim de 2019.

Câmbio

Depois da queda de segunda-feira, o real teve um dia de recuperação diante do dólar, mostrando uma das maiores apreciações sobre a divisa americana dentro de uma cesta de 34 moedas. Os analistas interpretaram o desempenho de ontem como uma possível acomodação da demanda por dólares gerada pelo desmonte de posições de proteção cambial dos bancos, o chamado overhedge.

A demanda atípica para uma última semana do ano tem levado o Banco Central (BC) a realizar leilões de venda de dólares à vista e operações de swap, o que, na avaliação de analistas, foi suficiente para dar liquidez ao mercado e corrigir distorções. A moeda americana fechou ontem em queda de 1,06%, cotada em R$ 5,18.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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