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Auxílio emergencial reverte prejuízos do comércio em SP

Contrariando as expectativas que o setor tinha no pior momento da pandemia do novo coronavírus, o varejo paulista deve crescer 2% este ano, sobretudo sustentado pelas vendas de supermercados e lojas de materiais de construção, segundo levantamento da FecomercioSP divulgado com exclusividade para o Estadão. Ainda assim, há pouco a se comemorar.

O assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho, explica que o crescimento de 2% do setor, o equivalente a mais de R$ 12 bilhões, só foi possível pela injeção por parte dos consumidores de recursos do auxílio emergencial, destinado sobretudo para a compra de alimentos e outros itens básicos. O benefício trouxe R$ 32,4 bilhões ao varejo e impediu que o setor tivesse prejuízo de 3%.

Na pandemia, o desempenho dos segmentos foi desigual: enquanto o de materiais de construção teve aumento de 15% no faturamento, na comparação com 2019, o mais afetado foi o de vestuário, tecidos e calçados, que desabou 25%. Essa diferença entre o melhor e o pior resultado, de 15 pontos porcentuais, é a maior já registrada.

Segundo a FecomercioSP, o balanço do ano é que 64,2 mil empresas paulista fecharam as portas e o comércio do Estado deve terminar o ano com 60 mil postos de trabalho a menos.

"Essa é uma situação ainda mais dramática, ao se pensar que o setor de vestuário, que teve desempenho muito prejudicado, é composto, em sua maioria, por empresas de pequeno porte, que não devem voltar após o fim do pandemia. O varejo no Estado de São Paulo, sem dúvida vai sair da pandemia menor do que entrou e ainda mais concentrado", diz Carvalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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